sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Verdadeiros heróis!


Num excesso de orgulho exclamou uma dia um Imperador romano: "Seria bastante bater com o pé na terra para dela surgirem legiões de combatentes".
Bastou bater Cristo com o pé no solo para desde logo surgirem legiões e legiões de virgens!

Ele é que operou este prodígio.
Só e não outro o fez.
Só Ele o podia fazer.

Ele "a Pureza das virgens", Ele o Imaculado, e Filho da Imaculada, Ele quem amou com amor de preferência a João, o Apóstolo virgem e lhe concedeu, durante a Última Ceia, repousar tão perto de si a cabeça que podia ouvir em seu peito as pulsações do Coração Divino, Ele que reserva aos Virgens, no Céu, um lugar especial ao lado do Cordeiro sem manchas, e lhes concedeu cantarem um cântico místico, que só os Virgens sabem repetir. Ele unicamente pode alcançar da fraqueza humana este admirável triunfo do espírito sobre a matéria e que, com toda propriedade, se chama heroísmo.

Sim, heroísmo: e de tal modo que muitos santos não hesitam em pôr em paralelo o casto com o anjo, e na comparação, dão a palma de glória da vitória ao primeiro.

Santo Ambrósio, no tratado sobre a Virgindade, exclama: 
"Os anjos vivem sem carne, os virgens triunfam da carne". 

"É mais belo conquistar a glória angélica que tê-la recebido por natureza. O homem alcança a virgindade pela luta e com muitos esforços e o anjo a possui muito naturalmente".
(São Pedro Crisólogo).

O casto não desce a pactuar com o vício. Direis que também o anjo não desce a essa baixeza? mas onde está o heroísmo de não cair no pecado da carne, quando se não tem carne?

"Eles, os anjos, não estão sujeitos as paixões: e nem o canto efeminado e nem as músicas mundanas e nem a beleza das mulheres os podem seduzir".
 (São João Crisólogo)

"Há entre o homem casto e o anjo, esta diferença: A castidade do anjo é mais feliz, a do homem é mais heróica." 
(São Bernardo; Ep. 24)

Todas as virtudes são belas, a castidade contudo é chamada por antonomásia "bela virtude" porquanto espiritualiza, digamos assim, os nossos corpos de barro. Grandemente comovedor é em gentes, aos olhos do mundo, de pouco ser, ver brilhar nelas essa virtude "angélica", que Tertuliano qualifica de "caro angelicata".

Realiza-se neles a palavra de Cristo: 

"São como anjos de Deus no Céu."
(Mat., 22)

Fora-lhes necessário emprenhar-se em mil lutas, mas isto longe de ser humilhante é o que lhes constitui verdadeiro mérito. O imaculado é um triunfador, é um herói.

É o homem forte por excelência.

Jovem! Poderás ser atleta, ufanar-te com o título de primeiro "keeper", de campeão dos "forwards"!
Se entrando á noite, em casa, não tiveres a coragem de resistir a vil paixão, não passas de um covarde, herói dos esportes...

E tu, pelo contrário, frágil criança, tu jovem pálido, sem músculos para jogar os haltéres, tu que nem ao menos sabes distinguir (que lástima!) um "hands," de um "penalty" de um "corner", mas sabes muito bem refrear tuas paixões, tu sim, é o verdadeiro valente, e a teus pés o gigante, de que antes falamos, nem é digno de te desatar as correias dos sapatos.

Homem, sim, és tu!
A pureza, como a virtude, não tem de feminino senão o nome!

(A Grande Guerra - Pe. Hoornaert - págs. 44 a 46)
Fonte: A Grande Guerra

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