sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Avante! os lírios defendem as fortalezas!"




A modéstia não é ainda a pureza, mas a sua salvaguarda e seu elemento de defesa. Em sua "Carta sobre a modéstia", tomando como exemplo S. João Berchmans (1922), escrevia o Pe. Ledochowski, geral da Companhia de Jesus:

"A modéstia é a casca que proteje o amago oculto, a guarda e a protetora pureza".

São Gregório Nazianzeno usa uma imagem muito semelhante: "A modéstia protege a castidade como as folhas protegem o fruto"; ou tomando a linguagem moderna da guerra, como as trincheiras defendem uma posição. Sucede que o acidental, por vezes, protege o essencial.

O grão-Mestre João de La Valette querendo disputar aos turcos uma praça forte, exclamava:
"Avante! os lírios defendem as fortalezas!"
O lírio! a flor dos escudos franceses.

Meu jovem amigo, diz também a teu modo;
 "o belo lírio da modéstia, guardará a fortaleza da castidade".

Vela especialmente pela modéstia dos olhos, nas ruas. Conheces qual seja hoje a desenfreada licença dos passeios, das mostras e de tantas cenas estonteadoras. Tem presente as palavras do profeta Jeremias:
"A morte subiu pelas janelas".(Jer. 9, 21)

Não já dúvida. Não se trata aqui, está claro, da morte física e de janelas materiais. Quando chegar o castigo de Jerusalém, diz o profeta, a morte irá bater a todas as casas e nelas penetrará, pelas janelas.

Mas os Padres da Igreja e os mestres de espírito aplicam, mui justamente, este texto a morte espiritual: ela entra na alma pelas janelas, que são os olhos:
"Ascendit mors per fenestras"

(A grande guerra - Pe. Hoornaert)
PS: grifos meus

Fonte: A Grande Guerra

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