Hoje venho trazer-vos mais um exemplo de autêntica masculinidade. Um homem de Deus, e por isso, um homem de verdade, apesar de sua pouca idade. Trata-se do menino cruzado Vivien.
No campo de Aliscans, o exército cristão, comandado por Guilherme
d’Orange – Guilherme do Nariz Curvo – tinha sido derrotado pelos
sarracenos. Podiam-se contar apenas quatorze sobreviventes.

Próximo a uma fonte, em um prado, jazia um jovem, quase menino. Apesar disto era um guerreiro que nunca havia recuado.
Tratava-se de Vivien, sobrinho de Guilherme, a quem ele amava como a um filho.

Percorrendo
o campo de batalha ele reconhece Vivien e o crê morto, mas este faz um
leve movimento. Docemente o nobre duque se inclina e lhe murmura ao
ouvido:
“Tu não gostarias de comungar Nosso Senhor Eucarístico?”, e Guilherme
lhe mostrou uma Hóstia consagrada. “Porém – continuou – é preciso que
faças tua confissão”.
– “Eu quero muito, responde uma voz fraca, mas apressai-vos; eu vou
morrer. Tenho fome deste pão, eis minha confissão. Não me recordo de uma
só falta a não ser esta: eu tinha feito o voto de jamais recuar um
passo diante dos pagãos, e tenho muito medo de haver hoje faltado com a
promessa feita ao bom Deus”.
Guilherme do Nariz Curvo tira a Hóstia de uma teca que trazia ao peito e
a aproxima dos lábios entre-abertos de Vivien, cujos olhos se iluminam.
A morte lhe desceu ao coração, quando acabou de fazer sua primeira
comunhão.
Créditos: Heróis Medievais
Nenhum comentário:
Postar um comentário