sábado, 11 de agosto de 2012

Antes de ir para o Céu, a Primeira Comunhão do cruzado Vivien

Hoje venho trazer-vos mais um exemplo de autêntica masculinidade. Um homem de Deus, e por isso, um homem de verdade, apesar de sua pouca idade. Trata-se do menino cruzado Vivien.

***
No campo de Aliscans, o exército cristão, comandado por Guilherme d’Orange – Guilherme do Nariz Curvo – tinha sido derrotado pelos sarracenos. Podiam-se contar apenas quatorze sobreviventes.


Próximo a uma fonte, em um prado, jazia um jovem, quase menino. Apesar disto era um guerreiro que nunca havia recuado.

Tratava-se de Vivien, sobrinho de Guilherme, a quem ele amava como a um filho.


Percorrendo o campo de batalha ele reconhece Vivien e o crê morto, mas este faz um leve movimento. Docemente o nobre duque se inclina e lhe murmura ao ouvido:


“Tu não gostarias de comungar Nosso Senhor Eucarístico?”, e Guilherme lhe mostrou uma Hóstia consagrada. “Porém – continuou – é preciso que faças tua confissão”.

– “Eu quero muito, responde uma voz fraca, mas apressai-vos; eu vou morrer. Tenho fome deste pão, eis minha confissão. Não me recordo de uma só falta a não ser esta: eu tinha feito o voto de jamais recuar um passo diante dos pagãos, e tenho muito medo de haver hoje faltado com a promessa feita ao bom Deus”.

Guilherme do Nariz Curvo tira a Hóstia de uma teca que trazia ao peito e a aproxima dos lábios entre-abertos de Vivien, cujos olhos se iluminam. A morte lhe desceu ao coração, quando acabou de fazer sua primeira comunhão.

(Fonte: Funck Brentano, "Féodalité et Chevalerie")
Créditos: Heróis Medievais

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