Considerações preliminares minhas
Hesitei um pouco em publicar esse texto. É bastante forte, e tive medo de levar algumas pessoas ao desespero, com ele. Importa notar que, antigamente, o vício do homossexualismo era punido com a excomunhão. Por isso que o santo fala que esse pecado exclui a pessoa do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. Atualmente, que eu saiba, essa pena para tal vício ipuro não está em vigor mais.
Enfim, não quero apavorar ninguém publicando esse texto. Mas que sirva ele de advertência e dê forças para muitas pessoas, para que, ainda que tenham tentações nesse sentido, não ousem jamais realizar atos de tão terrível pecado, que é a sodomia.
E quem já houver caído nisso, não se desespere. Recorra ao Sacramento da Confissão, adore assiduamente Jesus Sacramentado, intensifique sua devoção e suas orações filiais à Santíssima Virgem. Com a Misericórdia do Bom Deus e a proteção da MARIA IMACULADA, tudo dará certo!
Pax et Bonum,
Christian.
***
A HEDIONDEZ DO HOMOSSEXUALISMO
(São Pedro Damião, Liber Gomorrhianus, c. XVI)
Este vício não é absolutamente
comparável a nenhum outro, porque supera a todos em enormidade. Este
vício produz, com efeito, a morte dos corpos e a destruição das almas.
Polui a carne, extingue a luz da inteligência, expulsa o Espírito Santo
do templo do coração do homem, nele introduzindo o diabo que é o
instigador da luxúria, conduz ao erro, subtrai totalmente a verdade da
alma enganada, prepara armadilhas para os que nele incorrem, obstrui o
poço para que daí não saiam os que nele caem, abre-lhes o inferno,
fecha-lhes a porta do Céu, torna herdeiro da infernal Babilônia aquele
que era cidadão da celeste Jerusalém, transformando-o de estrela do céu
em palha para o fogo eterno, arranca o membro da Igreja e o lança no
voraz incêndio da geena ardente.
Tal vício busca destruir as
muralhas da pátria celeste e tornar redivivos os muros da Sodoma
calcinada. Ele, com efeito, viola a temperança, mata a pureza, jugula a
castidade, trucida a virgindade, que é irrecuperável, com a espada da
mais infame união. Tudo infecta, tudo macula, tudo polui, e tanto quanto
está em si, nada deixa puro, nada alheio à imundície, nada limpo. Para
os puros, como diz o Apóstolo, todas as coisas são puras; para os
impuros e infiéis, nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a
sua consciência (Tit. I, 15).
Esse vício expulsa do coro da
assembléia eclesiástica e obriga a unir-se com os energúmenos e com os
que trabalham com o diabo, separa a alma de Deus para ligá-la aos
demônios. Essa pestilentíssima rainha dos sodomitas torna os que
obedecem as leis de sua tirania torpes aos homens e odiáveis a Deus,
impõe nefanda guerra contra Deus e obriga a alistar-se na milícia do
espírito perverso, separa do consórcio dos Anjos e, privando-a de sua
nobreza, impinge à alma infeliz o jugo do seu próprio domínio. Despoja
seus sequazes das armas das virtudes e os expõe, para que sejam
transpassados, aos dardos de todos os vícios. Humilha na Igreja, condena
no fórum, conspurca secretamente, desonra em público, rói a consciência
como um verme, queima a carne como o fogo.
Arde a mísera carne com o furor
da luxúria, treme a fria inteligência com o rancor da suspeita, e no
peito do homem infeliz agita-se um caos como que infernal, sendo ele
atormentado por tantos aguilhões da consciência quanto é torturado pelos
suplícios das penas. Sim, tão logo a venenosíssima serpente tiver
cravado os dentes na alma infeliz, imediatamente fica ela privada de
sentidos, desprovida de memória, embota-se o gume de sua inteligência,
esquece-se de Deus e até mesmo de si.
Com efeito, essa peste destrói
os fundamentos da fé, desfibra as forças da esperança, dissipa os
vínculos da caridade, aniquila a justiça, solapa a fortaleza, elimina a
esperança, embota o gume da prudência.
E que mais direi, uma vez que
ela expulsa do templo do coração humano toda a força das virtudes e aí
introduz, como que arrancando as trancas das portas, toda a barbárie dos
vícios?
Com efeito, aquele a quem essa
atrocíssima besta tenha engolido, entre suas fauces cruentas,
impede-lhe, com o peso de suas correntes, a prática de todas as boas
obras, precipitando-a em todos os despenhadeiros de sua péssima maldade.
Assim, tão logo alguém tenha caído nesse abismo de extrema perdição,
torna-se um desterrado da pátria celeste, separa-se do Corpo de Cristo, é
confundido pela autoridade de toda a Igreja, condenado pelo juízo de
todos os Santos Padres, desprezado entre os homens na terra, reprovado
pela sociedade dos cidadãos do Céu, cria para si uma terra de ferro e um
céu de bronze. De um lado, não consegue levantar-se, agravado que está
pelo peso do seu crime; de outro, não consegue mais ocultar seu mal no
esconderijo da ignorância, não pode ser feliz enquanto vive, nem ter
esperança quando morre, porque, agora, é obrigado a sofrer o opróbrio da
derrisão dos homens e, depois, o tormento da condenação eterna.
Fonte: São Pio V
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