Como a história dos heróis te inspira respeito, não é
verdade, meu filho? Um Alexandre Grande, um Júlio César, um Napoleão. No
entanto, não há no mundo herói maior, maior vencedor, que aquele que sabe
submeter seus baixos instintos às leis da razão; do mesmo modo, ao contrário,
não há mais vil escravidão para o homem chamado ao domínio intelectual do que
gemer nas algemas das paixões cegas. Procura pensar nisso nos momentos difíceis
que te seja preciso sustentar de novo sua luta contra os baixos instintos.
Atem-se a sempre manifestar um espírito verdadeiramente
cavalheiresco para com as mulheres. Não te limites a mostra-lo, mas sente-o de
fato.
Não penso aqui nos modos afetados, nesses eternos
cumprimentos que os peralvilhos modernos chamam conduta cavalheiresca, mas
penso nos verdadeiros cavaleiros da Idade Média cuja espada estava sempre
pronta a proteger os fracos e cujo coração estava sempre disposto a defender a
honra das mulheres. O verdadeiro cavaleiro é o que protege a mulher em primeiro
lugar contra os desejos desregrados do seu próprio corpo e contra um jogo
frívolo. O verdadeiro cavalheiro é o que descobre em cada mulher, mesmo nas
infelizes mais decaídas, a imagem de sua mãe e de suas irmãs, e evita
aproximar-se delas com desejos impuros, do mesmo modo que não toleraria que
outros se aproximassem de sua mãe e de sua irmã com intenções desonestas.
Respeita a mulher como se respeita a flor que não pode secar para que possa dar
frutos.
Monsenhor Tihamer Toth, A Casta Adolescência
Nenhum comentário:
Postar um comentário