quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sê cavalheiresco



Como a história dos heróis te inspira respeito, não é verdade, meu filho? Um Alexandre Grande, um Júlio César, um Napoleão. No entanto, não há no mundo herói maior, maior vencedor, que aquele que sabe submeter seus baixos instintos às leis da razão; do mesmo modo, ao contrário, não há mais vil escravidão para o homem chamado ao domínio intelectual do que gemer nas algemas das paixões cegas. Procura pensar nisso nos momentos difíceis que te seja preciso sustentar de novo sua luta contra os baixos instintos.
Atem-se a sempre manifestar um espírito verdadeiramente cavalheiresco para com as mulheres. Não te limites a mostra-lo, mas sente-o de fato.
Não penso aqui nos modos afetados, nesses eternos cumprimentos que os peralvilhos modernos chamam conduta cavalheiresca, mas penso nos verdadeiros cavaleiros da Idade Média cuja espada estava sempre pronta a proteger os fracos e cujo coração estava sempre disposto a defender a honra das mulheres. O verdadeiro cavaleiro é o que protege a mulher em primeiro lugar contra os desejos desregrados do seu próprio corpo e contra um jogo frívolo. O verdadeiro cavalheiro é o que descobre em cada mulher, mesmo nas infelizes mais decaídas, a imagem de sua mãe e de suas irmãs, e evita aproximar-se delas com desejos impuros, do mesmo modo que não toleraria que outros se aproximassem de sua mãe e de sua irmã com intenções desonestas. Respeita a mulher como se respeita a flor que não pode secar para que possa dar frutos.

Monsenhor Tihamer Toth, A Casta Adolescência

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