quinta-feira, 10 de abril de 2014

O santo e o impostor



Havendo um impostor querido fazer-se passar por São Francisco Borja, foi condenado às galés.

Ao ouvir relatar o caso quedou-se muito admirado o grande santo e observou:

- Parece insensato esse homem que julga honra vestir a figura e fazer o maior papel do maior dos pecadores.

E acrescentou:

- Se ele mereceu galés só por usurpar o nome de um pecador, que mereço eu que o tenho na realidade?

Tais palavras revelam grande humildade de espírito.

A humildade é a base de toda a vida espiritual e constitui, com a mortificação, as duas colunas do templo interior. Ninguém está dispensado de a praticar, senão que é dever ainda mais imperioso para a alma que Deus cumulou de graças de escol. Para essa, a humildade devia ascender ao grau do heroísmo, pois que o abismo é enorme entre sua própria imperfeição e os benefícios recebidos.

Nosso Senhor praticou a humildade. Foi humilde de coração, humilde em toda a sua vida. Os homens infligiram-lhe humilhações sem número suportadas com inefável doçura, sofridas com admirável nobreza. Abriu-nos o caminho para o verdadeiro desprendimento, e aí, como em tudo, Ele é nosso modelo, o exemplo perfeito que devemos seguir, mesmo de longe.


Fonte: Lendas do Céu e da Terra
Créditos: Almas Castelo

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