Os
cristãos devem dizer "não" à teoria do "gênero" e "sim" à aliança entre
homens e mulheres no casamento, afirmou neste sábado o Papa Bento XVI,
em um novo discurso muito firme contra "uma antropologia de fundo ateu".
A ideologia
do "gênero" é uma teoria popular no ocidente, segundo a qual a
identidade sexual é determinada pela educação e o meio ambiente, e não
por diferenças genéticas. Ela é defendida pelos defensores do casamento
gay, que acreditam que a identidade feminina ou masculina não é
predeterminada.
"A Igreja
reitera seu 'sim' à dignidade e beleza do casamento (...) e seu 'não' à
certas filosofias, como a do gênero, uma vez que a reciprocidade entre
homens e mulheres é uma expressão da beleza da natureza, querida pelo
Criador ", declarou o Papa ao receber agentes da ação católica em sessão
plenária.
O casamento
gay e a teoria do gênero são temas que cada vez mais provocam
desentendimento entre a Igreja e as elites ocidentais. Em Paris, no
último domingo, milhares de pessoas, em sua maioria católicos,
protestaram contra os planos do governo socialista de legalizar o
casamento homossexual.
Observando
que "em todos os tempos", "o homem é vítima de tentações culturais que o
tornam escravo" do "culto da nação e da raça" no "capitalismo
selvagem", o Papa denunciou várias ideias contemporâneas que "se vestem
de bons sentimentos, em nome do progresso, dos direitos e de um
humanismo".
Evocando uma
"redução antropológica" do homem, onde seria "revisto o materialismo
hedonista da antiguidade" associado a um "prometeísmo tecnológico",
Joseph Ratzinger lamentou que "tudo o que é tecnicamente possível
torna-se moralmente lícito, qualquer experimentação aceitável, qualquer
política demográfica autorizada, qualquer manipulação legitimada".
Ele pediu
aos atores do desenvolvimento, em colaboração com outros na Justiça e no
Desenvolvimento, a "desafiar o financiamento e as colaborações que
direta ou indiretamente promovem projetos em desacordo com a
antropologia cristã".
A Santa Sé
mantém posições de princípios, particularmente contra a pílula
contraceptiva e os preservativos, o que é muito criticado pelas agências
da ONU e outras ONG.
Fonte;
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