quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Governante húngaro diz que moral católica pode salvar a Europa

 
Comentário do tradutor do texto Leandro Correia: “A sinceridade do Primeiro Ministro da Hungria é relativa, pois sendo ele mesmo protestante, ao descobrir a verdade, não se converteu… ou será que ele pensaria que a moralidade da Igreja Católica só se aplica à esfera econômica?”
Entretanto, caro Leandro, sendo a Europa política um doente espiritual em estado terminal, qualquer reação saudável deve ser examinada com atenção. Se Deus tocar esse mundo agonizante, ele ainda pode se converter…
Publicado em LifeSiteNews
Lido em  A Casa de Sarto
Tradução Montfort
A Europa deve retornar ao Cristianismo para que a regeneração econômica seja possível, disse o Primeiro Ministro Viktor Orban da Hungria numa conferência em novembro último.  De acordo com Orban, a crescente crise econômica na Europa é originada na crise espiritual, não na ordem econômica propriamente dita. Para solucionar esta crise, ele propôs uma renovação da cultura e política baseada em valores cristãos, para salvar a Europa do colapso econômico, moral e social.
“Uma melhora econômica é possível para a Europa e Hungria somente se as almas e corações se elevarem também,” disse Orban no XIV Congresso de Católicos e Vida Pública na “Esperança e Resposta Cristã para a crise.”
“Uma Europa governada de acordo com os valores cristãos se recuperaria.” Citou o exemplo de seu país, a Hungria, com uma pobreza herdada do comunismo, que recomeçou a erguer-se moralmente recordando que seu primeiro rei,  Santo Estevão, ofereceu sua coroa a Nossa Senhora, ao morrer sem descendentes. Sua nova Constituição está baseada na “dignidade da pessoa, na família, na obrigação expressa de ajudar aos pobres”, mencionando Deus e as origens cristãs do país, além da defesa da vida desde a concepção, o que irritou a União Europeia, que chegou a condená-la em Estrasburgo.
“A crise europeia,” disse ele, “não surgiu por acaso, mas pela negligência e descuido das responsabilidades dos líderes que questionam precisamente as raízes cristãs. Aquela força de comando foi quem permitiu a coesão, a família, o trabalho e o crédito à Europa. Estes valores foram as antigas forças econômicas continentais, graças aos quais principalmente o desenvolvimento daqueles dias esta pautado de acordo com estes princípios.”
Info Catolica, um site de notícias em língua espanhola, mencionou frases de Orban ressaltando que mesmo a crise de crédito foi conduzida pelo abandono dos princípios cristãos. Recordou como o Antigo Testamento proibia  e a Igreja, disse ele, também sempre se opôs à usura (cobrança de juros exorbitantes para os empréstimos) até que a Reforma Protestante deu livre passagem aos juros e à avareza – uma prática que levou à maciça quantidade de débitos insolúveis tanto nacionais quanto individuais, prejudicando o nível  financeiro das famílias. “O jugo deixou de ser o da espada para vir a ser o da dívida”, acrescentou.
Numa Europa cristã os excessos que criaram a crise econômica não teriam sido possíveis, ele disse. “Uma Europa cristã teria notado que cada Euro é fruto do trabalho. Uma Europa cristã não teria permitido países inteiros afundando na escravidão do crédito.”
Orban, mesmo sendo protestante, declarou que a Reforma Protestante foi a pioneira na era da usura, e libertou a ganância na qual o crédito tem sido desprovido de sua dimensão moral. Referindo-se às severas “medidas de austeridades” impostas pelos EUA à Grécia e à Itália, que resultaram num desemprego generalizado e privação econômica, ele disse que os líderes políticos abandonaram os “aspectos humanos” da economia nos esforços de conter o acúmulo massivo de débitos nacionais de governos socialistas durante o último século.

Fonte: Montfort

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