terça-feira, 9 de abril de 2013

É possível viver a castidade apesar de sentir atração pelo mesmo sexo?

Batalha


SIM, É POSSÍVEL! Para explicar melhor isso, precisamos compreender que a castidade é dispor da sexualidade, subordinando os desejos sexuais ao espírito, afim de que esses desejos não escravizem a pessoa, nem a levem a tratar os outros como objetos de sua satisfação egoísta, mas que eles se realizem sob o amor caritativo (que se dispõe a renunciar-se a si mesmo pelo bem e salvação do outro) e em vista de alcançar os bens do amor esponsal e da procriação. Aquele que sente atração pelo mesmo sexo pode viver esta virtude, pois seus desejos sexuais - por mais intensos que sejam - não impedem a liberdade de a pessoa decidir por não os realizar e agir segundo essa decisão. Pela fuga das ocasiões de pecado, pelo jejum e pela vida de oração, qualquer pessoa pode viver a castidade. Para vivê-la com mais segurança, deve aplicar-se com mais devoção a recorrer à Eucaristia e à Santíssima Virgem. E não se deve alegar que é tarefa impossível ao homem viver a castidade, visto que mesmo os que não creem conseguem viver essa virtude (por exemplo, os monges budistas), porém, no caso deles, sem a dimensão e os auxílios da fé cristã.  

Porém, é verdade que, devido um longo período de práticas homossexuais, de masturbação, de pornografia, ou de pensamentos impuros, muitos dos que sentem atrações pelo mesmo sexo ficam condicionados a pecar contra a castidade. Eles querem abandonar essas práticas, arrependem-se e se confessam, porém, depois de certo tempo, sentem-se tão intensamente constrangidos a pecar que acabam pecando de novo. Daí sentem grande tristeza, pois pecaram, mesmo tendo feito o propósito de não fazê-lo. Contudo, mesmo partindo dessa condição, é possível alcançar a castidade. Pois, nestes casos, é comum duas situações que não são autoexcludentes: a primeira, em que a vontade está enfraquecida, de modo que, apesar de ter decidido não pecar, ela vacila e cede às paixões da carne; e a segunda, em que a carência está mal trabalhada a ponto de a pessoa ter um apego afetivo às suas práticas - nesta situação, as práticas sexuais são vias de escapar de uma realidade insatisfatória e, às vezes, também solitária. Trabalhando ambos, o fortalecimento da vontade e a carência, é possível superar gradativamente essas práticas e alcançar a castidade. Para que seja mais efetivo, sugerimos que a pessoa, nestas condições, procure um sacerdote ou alguém que tenha vida ascética, para que seja acompanhado por ele. Também, caso a pessoa ou o diretor espiritual considere oportuno, pode considerar a busca de apoio psicológico, para lidar com o enfraquecimento da vontade e com a carência.

Muitos afirmam que não, mas a verdade não é essa. O homem criado como um ser racional, é chamado a dominar as suas paixões e não a deixar-se dominar por elas. Portanto, é possivel SIM viver a castidade a pesar de sentir atração pelo mesmo sexo. E o nosso apostolado nos EUA há mais de 30 anos apresenta testemunhos contundentes dessa verdade.
Fonte: Juventude Coragem

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