O que a pornografia faz com um homem? Para iniciantes, ela rouba do
homem a capacidade de ser um homem. A essência da masculinidade consiste
na prontidão em negar a si mesmo pelo bem da pessoa amada. É por isso
que Paulo lembra aos esposos, na Carta aos Efésios, que seu amor deve
ser como o de Cristo, que se permitiu ser crucificado pelo bem da sua
amada, a Igreja (Efésios 5, 21-33).
A pornografia acaba com este chamado.
Pergunte a si mesmo: Não lhe daria muita raiva se um homem olhasse para
sua filha ou esposa do mesmo jeito que olha para pornografia? Ao invés
de negar a si mesmo pelo bem da esposa, o homem, através do uso da
pornografia, nega à mulher sua dignidade a fim de satisfazer os próprios
desejos egoístas por prazer. Em essência, a pornografia é uma rejeição
de nosso chamado de amar como Deus ama. Não é surpresa que as pessoas
que usam pornografia nunca estão satisfeitas. Só o amor pode satisfazer.
A pornografia gradualmente acaba com a
capacidade do homem de amar. É impossível amar uma fantasia, mas viver
em um mundo de fantasia permite a um rapaz escapar da realidade e fugir
das demandas do amor autêntico. De certo modo, o fato de que a
pornografia permite ao homem fomentar suas fantasias sem ter que se
preocupar com gravidez ou com doenças sexualmente transmissíveis (DST’s)
é parte do problema. Isso encoraja o homem a viver em um mundo onde a
sexualidade oferece apenas prazer, sem nenhum sentido nem conseqüências,
um lugar onde “ninguém engravida, ninguém pega uma doença, ninguém
mostra sinais de culpa, medo, remorso, vergonha ou desconfiança. Ninguém
sofre por causa das atividades sexuais dos outros, e o homem, no
mínimo, são sempre livres de preocupação, irrestritos... A prioridade de
proteger amorosamente a parceira é de pouco valor na pornografia porque
não parece existir nenhum dano com ela” (1)
Falando de forma simples, a pornografia é
renunciar ao amor. Como disse o escritor Christopher West: “[A
pornografia] almeja fomentar precisamente aquelas distorções dos nossos
desejos sexuais contra as quais devemos lutar se queremos descobrir o
verdadeiro amor” (2). Para a pessoa que se permite ver pornografia, o
objetivo do sexo se torna a satisfação das “necessidades” eróticas, e
não a comunicação de amor e de vida. A pornografia leva o homem a
avaliar uma mulher somente pelo que ela pode lhe dar, ao invés de
avaliar pela pessoa que ela é.
Alguns rapazes vão menosprezar tudo
isso, dizendo: “Homens são homens”, ou “Estou apenas apreciando a beleza
das mulheres”, ou “Eu gosto dos artigos e entrevistas das revistas”.
Algumas vezes eles vão perceber como esses argumentos não são nada
convincentes, e se tornarão ressentidos, dizendo “Você quer reprimir a
sexualidade e tirar a liberdade das mulheres. Não é saudável que você
tenha um apreço tão pequeno pelas mulheres!”. Esse ressentimento chegou
até os letreiros das casas de “strip”, que fazem propaganda do
estabelecimento como “clube de cavalheiros”, para “entretenimento
adulto”. Ter as palavras “cavalheiro” ou “adulto” associadas com uma
boate de “strip” é nada menos que fascinante. Por que um homem sentiria a
necessidade de justificar que seu comportamento é maduro e
cavalheiresco? Você pode se lembrar de alguma vez em que um adulto tenha
precisado lembrar aos outros que é maduro? Ou você pode pensar em
alguma atividade na terra onde um cavalheiro precise anunciar que é um?
Normalmente as ações falam por si próprias. Além do mais, um cavalheiro
não precisa pagar uma mulher para ela fingir que gosta dele.
Portanto, mesmo quando a falta de
controle de um homem o faz lembrar um menino, e nada em seu
comportamento se concilia com o título de “cavalheiro”, ele ainda sente
uma necessidade de se identificar com a masculinidade autêntica. Isso se
deve porque, não importa o quanto tenhamos caído, Cristo mesmo assim
estampou em nosso ser o chamado para amar como Ele amou. Se pudéssemos
ao menos retirar a distorção, desfazer as mentiras e humildemente ir ao
encontro do Senhor em toda nossa natureza ferida e machucada, Ele
ressuscitaria e nos transformaria em homens verdadeiros.
1. Wetzel, Sexual Wisdom, 72.
2. West, Good News About Sex and Marriage, 84.
Alguns dos conteúdos deste artigo foram adaptados de www.pureloveclub.com, do autor Jason Evert.
2. West, Good News About Sex and Marriage, 84.
Alguns dos conteúdos deste artigo foram adaptados de www.pureloveclub.com, do autor Jason Evert.
Fonte: http://vidaecastidade.blogspot.com
Muito bom o texto! Parabéns por disponibilizá-lo!
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