sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O mais célebre louvor mariano da Antiguidade, feito por São Cirilo de Alexandria




S. Cirilo de Alexandria, por ocasião do final do Concílio de Éfeso, no ano 431 (no qual se proclamou a maternidade divina de Maria), deixou-nos o mais célebre louvor mariano da Antiguidade:

Nós Vos saudamos, ó Maria, Mãe de Deus,
venerável tesouro de toda a terra,
lâmpada inextinguível, coroa da virgindade,
ceptro da verdadeira doutrina, templo indestrutível,
morada d’Aquele que nenhum lugar pode conter,
Mãe e Virgem, por meio da qual nos santos Evangelhos
é chamado bendito O que vem em nome do Senhor.

Nós vos saudamos, ó Maria, que trouxestes
no Vosso seio virginal Aquele que é imenso e infinito.

Por Vós, a Santa Trindade é glorificada e adorada.
Por Vós, a Cruz preciosa é adorada no mundo inteiro.
Por Vós, o Céu exulta.

Por Vós, se alegram os anjos e os Arcanjos.
Por Vós, o diabo tentador foi precipitado no inferno.
Por Vós, a criatura do género humano, sujeito à insensatez da idolatria,
chega ao conhecimento da verdade.

Por Vós, o santo baptismo purifica os que crêem.
Por Vós, nos vem o óleo da alegria.
Por Vós, os povos são conduzidos à penitência.

Créditos: Aleteia
Fonte: Senza Pagare

A conversão de São Bernardo de Claraval


Para fugir do pecado da impureza, São Bernardo de Claraval se lançou sem hesitar em um lago gelado. A atitude do santo deixa evidente a natureza da batalha que trava todo aquele que se faz eunuco “por causa do Reino dos céus”.




Tendo recebido desde cedo uma sólida formação religiosa, Bernardo foi aluno notável em sua mocidade. Quando recebia alguma lição que contrariasse os mistérios da fé e a doutrina cristã, "recorria à oração e à meditação das Sagradas Escrituras para neutralizar o veneno inalado nas aulas" [1]. (Nenhum conselho pode ser tão útil para os nossos dias.) Mais tarde, o mesmo Bernardo será visto debatendo e debelando os erros dos professores de sua antiga escola.

Depois da morte de sua piedosa mãe, no entanto, o jovem rapaz foi atingido por uma tristeza acabrunhante. O luto se tinha apoderado totalmente de sua alma e ele não achava consolação em nada do que fazia, nem mesmo na oração, à qual já estava tão habituado, apesar da breve idade. Era final de agosto de 1110 e Bernardo contava cerca de 20 anos.

Instado por sua irmã Umbelina a distrair-se e passar tempo com os jovens que frequentavam o castelo, Bernardo começou a acercar-se de más companhias e brincar à beira do precipício dos maus costumes (cf. 1 Cor 15, 33). Como mais tarde escreveu ele ao Papa Eugênio III:
"No princípio, algumas coisas podem parecer insuportáveis, mas com o passar do tempo, se te acostumas a elas, não as julgarás tão pesadas; pouco depois, já te serão suportáveis; em seguida, não as notarás e, no fim, terminarão deleitáveis.Assim, paulatinamente, se chega à dureza do coração e, dela, à aversão." [2]

Para acordar Bernardo e impedir que a sua alma se perdesse, Deus permitiu que lhe sobreviessem fortes tentações, das quais a última, relativa ao pecado da impureza, fê-lo mudar totalmente de vida:
"Esquecido de sua vigilância habitual, permitiu que os seus olhos pousassem por um momento em um objetivo perigoso. Pela primeira vez, experimentou a rebelião da carne. Alarmado, então, perante o espectro do mal e pleno de remorsos pela sua falta, implorou imediatamente o auxílio do céu e, afastando-se do local, foi mergulhar em um pequeno lago e ali se manteve, meio morto de frio, até que a perturbação interna desapareceu totalmente. Das palavras de seus primeiros biógrafos conclui-se que decidiu naquele momento permanecer perpetuamente casto." [3]

Esse episódio da vida de São Bernardo deve servir de inspiração a todos os cristãos na luta pela castidade, principalmente no mundo de hoje, tão avesso a essa virtude.

O fato de que o santo se tenha lançado em um lago gelado para não pecar contra a castidade mostra a natureza da batalha que aqui se trava. Como diz Nosso Senhor no Evangelho (Mt 19, 12), "existem eunucos que nasceram assim do ventre materno" e "outros foram feitos eunucos por mão humana", isto é, alguns foram privados do sexo por natureza e outros por necessidade. Há, porém – e só assim se pode falar propriamente de "virtude" –, aqueles que se tornaram "eunucos por causa do Reino dos céus". Embora aqui Cristo esteja se referindo especificamente ao celibato, a sua consideração é válida para todos os cristãos, chamados que são a viver a santa pureza: porque o "ser eunuco" só é louvável e recompensado por Deus na medida em que é escolhido livremente pelo homem [4].

Os santos não eram "eunucos físicos", sem sensibilidade e sem paixões humanas, mas "homens de carne e osso", como quaisquer outros. A sua diferença é que, auxiliados pela graça divina, eles se fizeram "eunucos espirituais". Mas, isso (atenção!) por causa do Reino dos céus – e só por causa desse Reino (presente em suas almas pela graça santificante), eles estavam dispostos a tudo: a revolver-se na neve, como fez São Francisco de Assis; a jogar-se em um arbusto de espinhos, como fez São Bento; a mergulhar em um lago gelado, como São Bernardo [5]; ou mesmo a morrer, como fizeram tantos mártires ao longo da história da Igreja.

Pela vida dos santos, é possível concluir que a castidade não é um mero jogo de cálculos humanos: fosse assim, todas essas mortificações – recomendadas pelo próprio Evangelho (cf. Mt 5, 29-30) – não teriam sentido algum. Por que privar-se de algo prazeroso e, ao mesmo tempo, fazer arder o corpo no frio ou mesmo perder a própria vida? Por que tanto "radicalismo" com essa história de "castidade"? Porque, ontem, assim como hoje, os seguidores de Cristo não se fizeram eunucos "por mãos humanas": eles viveram (e vivem) a pureza por causa do Céu – e só a vida eterna pode explicar a sua abnegação e os seus sacrifícios, em que pese todo o desprezo do mundo.

Depois do episódio acima referido, como se sabe, Bernardo consagrou-se por inteiro a Deus e entrou na vida religiosa como monge cisterciense. Em 20 de agosto de 1153, partiu deste mundo, deixando na terra a sua notável fama de santidade, além de obras de incalculável valor espiritual.

No dia em que a Igreja celebra a memória deste grande doutor da Igreja, peçamos a sua intercessão. Que ele nos ajude a viver inteiramente para Deus, independentemente do estado de vida em que o Senhor nos colocou: na vida leiga ou consagrada, na vida sacerdotal ou matrimonial, todos são convocados à castidade, à entrega total do próprio ser e à santidade – porque, afinal, todos são chamados para amar.

São Bernardo de Claraval,
rogai por nós!

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

A conversão de São Bernardo, II, 9.
Da Consideração (trad. Ricardo da Costa), I, 2 (PL 182, 730).
A conversão de São Bernardo, III, 6.
Cf. Santo Hilário apud Santo Tomás de Aquino, Catena Aurea in Matthaeum, XIX, 3.
Cf. São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 143.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Novena da Assunção de Nossa Senhora


Hoje, dia 06/08, começa a Novena da Festa da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma aos Céus, Santo Afonso de Ligório diz em sua célebre obra "Glórias de Maria" que o verdadeiro devoto da Virgem Santíssima sempre a honra fazendo uma novena em preparação para as suas festas, então a façamos como muita devoção agradecendo e pedindo as graças necessárias para nosso bem.
Ajude a compartilhar entre seus amigos. Salve Maria!
Novena da Assunção de Nossa Senhora
Festa dia 15 de Agosto
Oração para todos os dias:
Oh! Santíssima Virgem que, para vos preparardes para uma santa morte, vivestes em contínuos desejos da visão beatifica; fazei que se apartem de nós os desejos vãos das coisas caducas da terra. Ave-Maria.
Oh! Santíssima Virgem que, para vos preparardes para uma santa morte, suspirastes na vida por vos unirdes para sempre com vosso Filho; alcançai-nos que vivamos sempre fiéis ao mesmo Senhor até à morte. Ave-Maria.

Oh! Santíssima Virgem que, para morrer santamente, ajuntastes um imenso tesouro de méritos e virtudes; alcançai-nos a graça de conhecermos que só a virtude e a graça de Deus é a estrada que pode conduzir-nos à salvação. Ave-Maria.
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