quinta-feira, 25 de abril de 2013

As modas "sexy": o que pensam os homens


Por Mike Mathews - Tradução Aline Rocha


Como de fato afetam, aos homens, as roupas “sexys” das mulheres? Como homem, eu gostaria de explicar. Freqüentemente, vejo mulheres a usar calças jeans apertadas, vestidos ajustados ao corpo e mini-saias. Algumas usam calças “rasgadas”, blusas decotadas e suéteres apertados, enquanto que outras mostram partes de seus sutiãs aqui ou ali. As mulheres estão vestindo modas “sexy” em todos os lugares: nas escolas, no trabalho e até na Igreja.


Com essas atitudes exibicionistas como que elas querem ser honradas e respeitadas pelos homens? Às vezes, pergunto-me no meu interior quais serão os motivos que as leva a agir dessa forma. Será que estão tratando de ser atrativas e estar na moda? Ou estão buscando algo mais? Elas tem noção de quais os sinais que estão enviando aos homens? Elas estão em busca de atenção? – ou estão tentando encontrar um bom marido e um amor seguro? Querem conseguir um encontro ou incrementar a confiança em si mesmas? Podem ser estas as razões ou existem outras? Mas o certo é que ao vestir-se “sexy” nunca conseguirão com que os homens lhes honrem ou as respeitem. De fato, na realidade, é quase certo que os homens não as honraram nem as respeitaram. Se você quer que um homem a respeite, e talvez se enamore, então, você deve mostrar auto-respeito e reconhecer sua dignidade perante Deus. A melhor maneira de mostrar isto é a modéstia no vestir-se, nas palavras, nos pensamentos e nas ações.


O que provoca pensamentos sexuais nos homens?
É natural querer vestir-se de modo atraente. Mas às vezes, sem até dar-se conta, as mulheres que vestem roupas “sexys” estão se “vestindo para o sexo” – isto é, se veste de tal forma que provoca pensamentos sexuais nos homens. Por que os homens reagem dessa maneira e por que as mulheres nem sempre se dão conta disso? Porque os homens e as mulheres são feitos de maneira diferente no que se refere ao corpo humano. O fato é que não se necessita muito estímulo visual para que os homens se excitem sexualmente. A visão do corpo feminino, ainda que seja pouco, e ainda que a moça seja completamente desconhecida, pode despertar pensamentos sexuais instantaneamente. Isto pode ser difícil de entender para as mulheres, mas é a mais pura verdade.

E as mulheres? Minhas amigas dizem-me que, certamente, as mulheres apreciam os homens bonitos, mas não são afetadas visualmente na mesma intensidade que os homens. Elas pensam, por exemplo, que as palavras de amor, a ternura e o apreço sincero são muito mais significativos que o porte físico dos homens. Dadas estas diferenças, não há dúvidas que as roupas “sexys” chamarão a atenção do homem. Para algumas mulheres, isto pode ser divertido a princípio, mas ao final não será, porque não vai atrair o tipo de atenção – ou o homem – que uma mulher deseja. Por quê? Porque as moças que usam roupas atraentes, causa nos homens somente a libido e vontade de “usá-las” sexualmente em lugar de amá-las por quem são.
Não se esqueça, o ato de ver o corpo de uma mulher é um estímulo tão forte para o homem que, ao menos que ele tenha se treinado ou seja altamente disciplinado, haverá situações difíceis para ele controlar seus pensamentos sexuais. E uma vez que estes pensamentos comecem, freqüentemente se convertem em pensamentos impuros como “se pudéssemos estar sozinhos” ou “eu gostaria muito de fazer…”. Isso se chama luxúria, e as roupas que as mulheres usam pode despertar esses pensamentos em um segundo. Sim, os homens são culpáveis de se alimentarem de pensamentos luxuriosos. Mas os homens decentes querem evitar estes pensamentos e esperam que as mulheres os ajudem, através da exercitação da virtude e usando roupas modestas que não os conduza a ter fortes tentações.


O que faz com que os homens vejam as mulheres como objetos sexuais?
Mesmo que você saiba ou não, se você usa roupas que mostre seu corpo, muitos homens lhe verão como um objeto sexual. Não somente isso, mas a maneira que você se veste pode afetar também como estes homens vêem as outras mulheres. Quando os homens estão dispostos a ver uma mulher sob o domínio de luxúria, eles tendem a desenvolver uma visão distorcida de todas, fazendo com que vejam e tratem as outras mulheres com que eles se encontrarão depois, como objetos sexuais.
Tendo consciência ou não, se você se apresenta de uma maneira sexualmente reveladora – ainda que ligeiramente – muitos homens desejarão ter seu corpo para o seu prazer, sem preocupar-se em considerar-te como uma pessoa. Muitos homens lhe verão como sexualmente fácil. Outros, estarão constantemente distraídos com tentações sexuais e lhes será difícil chegar a te conhecer como a pessoa maravilhosa que você é.
Alguns atacar-te-ão verbalmente ou dir-te-ão qualquer coisa que você deseja ouvir, somente para te levar à cama. E ainda outros tratarão de manusear-te e até violar-te. Porém, deixa-me ser claro: não importa como se veste uma mulher, isso nunca é uma desculpa para o estupro, ou para a agressão sexual de nenhuma classe. Os homens que cometem estes atos realizam um monstruoso pecado e um crime atroz. Nada do que estou dizendo é uma desculpa ou razão para que algum homem viole uma mulher ou cometa qualquer outro crime.
E, por certo, não te deixes enganar pelas revistas femininas que fazem parecer que cada rapaz está buscando somente sexo e mostram como “você tem que te vestir sexy” para conseguir um bom namorado, ou esposo. Isso não é verdade. Somente os homens que querem se aproveitar de ti sexualmente, animar-te-ão para que te vistas dessa maneira. Você não tem que exibir teu corpo para encontrar um bom homem.


Faça que ele ame teu “eu” interior!
Então, que tipo de atenção você realmente quer? A maior parte das mulheres quer ser amada e respeitada pelo que elas são interiormente, não pelo seu visual. Não é isso o que você quer? Você não quer ser amada por um homem sincero, puro e virtuoso que tem confiança em si mesmo, é disciplinado e está comprometido com a relação de vocês? Eu sei que você não quer ser “usada” pelos homens, e que não quer estar em uma relação, ou se casar com um homem que não tem controle de si mesmo – um homem que busca satisfações rápidas ou que deseja cada menina bonita que ele vê.
A Katherine Kersten, comentarista do “National Public Radio” e presidenta da junta diretiva de “Center of the American Experiment”, escreveu: “A modéstia implica algo mais: simples justiça. Nós, mulheres, pedimos respeito da parte dos homens, insistindo para que eles nos valorizem não por nossa aparência, mas por quem somos. É uma hipocrisia dizer isto e, ao mesmo tempo, vestir-se e atuar imodestamente, provocando intencionalmente o desejo sexual e dando sinais de estar facilmente aberta a esses desejos. Atuar desta maneira é ferir nossa própria dignidade, é tratar-nos a nós mesmas como objetos sexuais. Além de tudo, é verdadeiramente injusto, porque significaria que nós estamos considerando que os homens estão em uma posição mais alta”.


Prepara-te para o amor duradouro
Se estás buscando um amor duradouro e um matrimônio para toda a vida, que una as mentes, as almas e os corpos, a melhor maneira de consegui-lo é sendo o tipo de pessoa que você quer seu futuro esposo seja. Pensa em você mesma e em seu futuro cônjuge como alguém com integridade, com uma personalidade vital e um caráter firme. Se você desenvolver estas qualidades e as demonstrar por meio das palavras, ações e aparência, ajudará a atrair o mesmo em teu esposo. Há muitos homens bons por aí; homens que têm personalidades maravilhosas, homens que são respeitosos, inteligentes e que buscam uma relação duradoura; homens que serão fiéis e que se comprometeram com sua esposa por toda a vida. Para encontrar um homem verdadeiramente honrável como este, recorda que ele se sentirá atraído por uma mulher que se veste modestamente como sinal de pureza; por alguém que reconhece que cada pessoa foi criada à imagem e semelhança de Deus. Ao vestir-se modestamente, uma mulher mostra que sabe que fomos feitos para amar e ser amados, como pessoas únicas e irrepetíveis. Ela também mostra respeito por seu corpo e por sua alma imortal, dois dons sagrados que devem ser tratados com dignidade e respeito.
Como homem, deixe-me terminar dizendo que aprecio sinceramente as mulheres que fazem um grande esforço para vestir-se modestamente. Conheço várias mulheres atrativas que sempre se vestem com lindas roupas e estilos modestos. O que faz estás mulheres ainda mais atrativas que sua beleza física e a roupa de moda que estão usando, é sua modéstia. É a virtude que as fazem brilhar de uma forma bela. Mostram que são respeitáveis, que têm uma fortaleza interior e uma grande auto-estima. A modéstia mostra também um coração puro e um desejo generoso de guardar-se para um futuro esposo. Pensa por um momento: o que dizem suas roupas de você mesma?


P.S.: A modéstia é uma bela virtude! Os homens também se beneficiam dela quando eles a praticam em seus pensamentos, palavras e ações.


Fonte: Comunidade Missionária Mariana na Modéstia

Moda e Virtude - Pio XII


Por S.S. Pio XII*

"O movimento da moda não tem em si nada de mau: brota espontaneamente da sociabilidade humana, segundo o impulso que inclina a encontrar‑se em harmonia com os próprios semelhantes e com a prática usada pelas pessoas no meio em que se vive. Deus não pede que se viva fora do tempo, descurando as exigências da moda até tornar‑se ridículo, vestindo ao oposto dos gostos e dos usos comuns contemporâneos, sem se preocupar jamais com o que lhes agrada. Eis porque mesmo o Angélico Santo Tomás afirma que nas coisas exteriores que o homem usa não há vício algum, mas o vício vem da parte do homem que imoderadamente as usa, ou em confronto do costume daqueles com os quais vive, fazendo‑se estranhamente parte discorde dos outros por si mesmo ou usando das coisas, segundo o costume ou além do costume dos outros, com desordenado afeto, por superabundância de vestes soberbamente ornamentadas ou complacentemente procuradas com cuidado, enquanto que a humildade e a simplicidade seriam suficientes para satisfazer o necessário decoro. E o mesmo Santo Doutor chega até a dizer que na ornamentação feminina pode existir ato meritório de virtude, quando for conforme ao mundo, à medida da pessoa, à boa intenção, desde que as mulheres usem ornamentos decentes segundo o estado e a dignidade delas, e sejam moderadas naquilo que fazem de acordo com o costume da pátria: então, também o ornar‑se será um ato daquela virtude da modéstia, a qual põe regra no caminhar, no estar, no hábito e em todos os movimentos exteriores.

"Mesmo seguindo a moda, a virtude está no meio. Aquilo que Deus pede é recordar sempre que a moda não é, nem pode ser a regra suprema da conduta; que acima da moda e de suas exigências existem leis mais altas, e imperiosas, princípios superiores e imutáveis, que em nenhum caso podem ser sacrificados ao talante do prazer ou do capricho, e diante dos quais o ídolo da moda deve saber inclinar a sua fugaz onipotência. Estes princípios foram proclamdos por Deus, pela Igreja, pelos santos e pelas santas, pela razão, e pela Moral cristãs, assinalados limites, além dos quais não florescem lírios e rosas, nem pairam nuvens de perfumes da pureza, da modéstia, do decoro, e da honra feminina, mas aspira‑se e domina um ar malsão de leviandade, de linguagem dúbia, de vaidade audaz, de vanglória, não menos de espírito do que de traje. São aqueles princípios que Santo Tomás mostra para o ornamento feminino e recorda, quando ensina qual deve ser a ordem de nossa Caridade, de nossas afeições: o bem da própria alma deve preceder o do nosso corpo e, à vantagem de nosso próprio corpo, devemos preferir o bem da alma de nosso próximo. Não se vê, portanto, que há um limite que nenhuma idealizadora de modas pode fazer ultrapassar, a saber, aquele além do qual a moda se torna mãe de ruína para a alma própria e da dos outros?

"Alguns jovens dirão, talvez, que uma determinada forma de vestido é mais cômoda e também mais higiênica; mas, se constitui para a saúde da alma um perigo grave e próximo, não é certamente higiênica para o espírito: tem‑se o dever de renunciar. A salvação da alma fez heroínas as mártires como Inês e Cecília, em meio dos tormentos, e lacerações de seus corpos virginais.

"Se, por um simples prazer próprio, não se tem o direito de colocar em perigo a saúde física dos outros, não é talvez ainda menos lícito comprome­ter a saúde, até a própria vida de suas almas? Se, como pretendem alguns, uma moda audaz não faz sobre elas impressão alguma, que sabem da impressão que os outros terão? Quem lhes assegura que outros não tenham disto um incentivo mau? Não se conhece o fundo da fragilidade humana, nem de que sangue de corrupção sangram as feridas deixadas na natureza humana pela culpa de Adão com a ignorância no intelecto, com a malícia na vontade, com a ânsia do prazer e a debilidade para o bem, árduo nas paixões dos sentidos a tal ponto que o homem, como cera amoldável ao mal, "vê o melhor e o aprova, e ao pior se apega", por causa daquele peso que sempre, como chumbo, o arrasta para o fundo. Sobre isso justamente se observou que, se algumas cristãs suspeitassem das tentações e quedas que causam em outros com vestes, e familiaridades a que, em suas leviandades, dão tão pouca importância, teriam pavor de suas responsabilidades. Ao que Nós não duvidamos de acrescentar: ó mães cristãs, se soubésseis que futuro de perigos e íntimos desgostos, de dúvidas, e irreprimível rubor preparais para vossas filhas e filhos, com imprudência em acostuma‑los a viver apenas cobertos, fazendo deles desaparecer o sentido ingênuo da modéstia, vós mesmas enrubesceríeis, e vos horrorizaríeis pela vergonha que causareis a vós mesmas e o dano que ocasionareis aos filhos que vos foram confiados pelo Céu, para que crescessem cristãmente. E aquilo que dizemos para as mães, repetimo-lo a não poucas senhoras crentes e mesmo piedosas, que aceitam seguir esta ou aquela moda arrojada, e, com o seu exemplo, fazem cair as últimas hesitações que retêm uma turba de suas irmãs que estão longe daquela moda, a qual poder-se-á tornar para elas fonte de ruína espiritual. Até certos provocadores ornamentos permanecem triste privilégio de mulheres de reputação duvidosa e quase sinal que as faz reconhecer; não se ousará, pois, usá-los para si; mas no dia em que aparecerem como ornamentos de pessoas superiores a qualquer suspeitas, não se duvidará mais de seguir tal corrente, corrente que arrastará talvez para dolorosas quedas."



* Discurso às Delegações da Juventude Feminina de Ação Católica, 22 de maio de 1.941. Trecho do Livro: "Pio XII e Os Problemas do Mundo Moderno", Michael Chinigo, Editora Melhoramentos, 1.961.

Fonte: Congregação Mariana Tradicional

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A modéstia e a elegância



“A função da roupa é precisamente ocultar algumas partes do corpo, adornando-o de tal modo que, mesmo que seja “agradável vê-lo”, a atenção não se deixe absorver por ele, mas alcance a própria pessoa. De outra forma, as relações entre as pessoas — sobretudo entre o homem e a mulher — descem a um nível infra-pessoal, que se poderia definir como “desumano”. É evidente que, quando o pudor é ignorado pela moda, já não se pode falar de elegância. A única palavra que nos resta usar é a contrária: grosseria”.
(Ada Simoncini. O Pudor. Ed. Quadrante)

As pessoas perguntam se a modéstia tem a ver com elegância. Sim, tem. Mas nem sempre o modesto é elegante, nem precisa ser. A elegância não é uma necessidade, a modéstia é, pois é virtude.

A palavra “elegância” vem do latim “elegantia” que significa gosto, delicadeza, distinção. No dicionário a elegância é descrita como graça, distinção aliada à simplicidade e à clareza, gosto delicado nos trajes, na fala, na decoração.

Ora, podemos facilmente perceber que sendo assim não é preciso ser elegante para ser modesto. Temos tantos santos que não primaram pela elegância, pelo contrário eram rudes e não possuíam tato ou diplomacia alguma, no entanto são pessoas conhecidas e estimadas pela sua modéstia. Fica mais fácil ainda perceber que é muito mais importante buscar ser modesto, do que buscar ser elegante. Mas não é preciso separar uma coisa da outra necessariamente.

Mas continuemos falando sobre a elegância. Ada Simoncini, autora do livro “O Pudor” faz algumas colocações oportunas sobre o tema, como na citação que abre este artigo. Ela também diz que:

“Quando se subvertem as leis do pudor, o vestuário não faz mais do que atrair a atenção para o que há de menos original e pessoal no corpo humano. Torna-se então simplesmente estúpido falar de elegância, de personalidade ou de autênticas relações pessoais. No fundo, ainda que não se queira admiti-lo, todos sabem que é uma hipocrisia falar de beleza ou de elegância a propósito de pessoas que passam com toda a sem-cerimônia por cima das leis do pudor.”

Vemos então que existe um abuso da palavra “elegância” por parte de muitos, especialmente por certas pessoas do mundo da moda e das celebridades quando consideram como “elegante” aquilo que não passa de vulgaridade. Como pode ser elegante uma mulher que deixa entrever seus seios, seja através de um decote, seja através de uma transparência ou da mostra de seu sutiã? Com pode ser elegante, distinto, uma pessoa expor suas coxas, seja devido a uma roupa curta, seja devido a uma roupa que delineie completamente suas formas? Quando as roupas cobrem apenas um pedaço das partes íntimas – um decote que deixa ver parte dos seios, por exemplo – tornam-se um convite para ver mais. A mente humana, notadamente a masculina, ao ver um pedaço logo busca adivinhar o resto e isso acontece contra a vontade dele; é puramente fisiológico, biológico, é fruto da natureza decaída. Então ao usar uma roupa que insinua as partes sexuais, seja na transparência, seja nos pedacinhos que ficam expostos, a pessoa está agindo algumas vezes de forma até mesmo pior do que se estivesse nua, pois atrai a atenção para que se adivinhe o resto. A mulher que faz isso queira ou não queira, coloca-se numa atitude provocativa, pois o gesto de mostrar pedaços de partes sexuais é um convite ao sexo. Tal mulher torna-se objeto sexual mesmo contra vontade dela. O que há de elegante nisso?

É óbvio que uma roupa que revela mais do que deveria, que faz com que a atenção das pessoas se fixe nas partes do corpo e não em toda a figura como um conjunto, não pode ser elegante, muito menos modesta. É realmente uma tremenda hipocrisia falar de beleza ou de elegância a propósito de pessoas que passam com toda a sem-cerimônia por cima das leis do pudor.

Sendo assim, tomar como exemplos de elegância gente que aparece o tempo todo expondo suas formas aos olhos do público sem nenhum pudor é algo contraproducente. Celebridades que vestem as mais vulgares criações estilísticas alimentam a indústria das roupas imodestas e fazem isso quase o tempo todo. Mas o que esperar de gente que perdeu a consciência do certo e do errado, que se guia simplesmente pelo que dita o seu mundinho pervertido? Só podemos esperar que se apresentem de forma imodesta mesmo[1]. Mas porque o seu próprio grupinho os chama de “elegantes”, não quer dizer que realmente o sejam.

A pessoa elegante é simples e não passa por cima do pudor para se mostrar em público, não mostra nem insinua suas partes íntimas, não posa em atitudes sensuais e provocativas. Então é evidente que, quando o pudor é ignorado pela moda, já não se pode falar de elegância. A única palavra que nos resta usar é a contrária: grosseria.

Portanto ao verem pessoas expostas sem o mínimo pudor, expondo – principalmente quando o fazem propositadamente – sua intimidade através de roupas e posturas, tenham a certeza de que elas podem ser muita coisa, menos elegantes.

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[1] Quando fazem o contrário chegam mesmo a ser motivo de admiração por parte de quem se importa realmente com a beleza, com a elegância e a modéstia. É por isso que fico feliz quando encontro alguma dessas pessoas famosas vestida com decência. Fico orando para que um dia passem a se vestir somente assim, pois estão sempre em evidência e expondo-se com verdadeira elegância dão bom exemplo.

Fonte: Maria Rosa

terça-feira, 23 de abril de 2013

CASTIDADE - Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo



Do latim "castitas", de "castus", originariamente termo da linguagem religiosa que significava: conforme aos ritos; posterior­mente foi tomado como particípio do verbo "careo" = carecer e passou a significar tam­bém: isento de, puro.

É uma virtude moral que preserva o homem de qualquer complacência indevida com a satisfação sexual.

É a expres­são de uma plena vitória da vontade sobre o instinto.

É uma nota inconfundível das almas nobres e fortes.

O homem casto não é apenas aquele que não tem uma vida desregrada, mas é o que exerce pleno controle não só sobre seus atos e palavras, mas também sobre seus impulsos íntimos e seus desejos.

As reações do animal obedecem, de modo exclusivo e ine­lutável, aos estímulos dos instintos de conser­vação e reprodução. Mas nele esses instintos têm uma regulação automática e um equilíbrio natural. No homem, esse equilíbrio é exercido pela razão consciente e voluntária. E nisso re­side a nobreza do ser humano. O devasso acaba se assemelhando ao animal, escravo dos próprios instintos. O casto controla os seus ins­tintos, segundo as finalidades superiores da razão: não vive para comer, mas come para viver; não vive para o sexo, mas submete a atividade sexual à sua função imanente de transmitir o dom da vida e de permitir entre os esposos a realização da plenitude de amor humano. A castidade é o resultado de uma autodisciplina, permanentemente exercida so­bre os pensamentos, os desejos, os sentidos num ideal de nobre austeridade voluntaria­mente aceito. A impostura dos devassos con­siste em se apresentarem como corajosos, li­bertos de todos os tabus. Na realidade, são covardes que abdicaram da luta interior e se tornaram escravos de suas paixões, porque, de fato, só os castos são fortes.
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Fonte: Pe. Fernando Bastos de Ávila, S.J. - Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, MEC - Ministério da Educação e Cultura, FENAME - Fundação Nacional do Material Escolar, 2a edição, 1975, verbete Castidade, página. 116.

Fonte: Vida e Castidade

«Encontrar Jesus fora da Igreja não é possível», diz Papa




Cidade do Vaticano, 23 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje no Vaticano à missa evocativa de São Jorge, nome próprio de Francisco, tendo afirmado que “encontrar Jesus fora da Igreja não é possível”, revela a Rádio Vaticano.

Na celebração que decorreu na Capela Paulina com a participação de dezenas de cardeais, Francisco recordou que o Papa Paulo VI (1897-1978) dizia ser “uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja”.
“A identidade cristã é uma pertença à Igreja, à Igreja mãe”, acrescentou.

A Igreja está entre as “perseguições do mundo” e a “consolação” de Deus, afirmou Francisco na homilia da eucaristia evocatória do mártir que o rito católico, sírio e bizantino assinalam a 23 de abril.

“No momento em que começa a perseguição, começa a atividade missionária da Igreja”, sublinhou Francisco, referindo-se à tradição associada a São Jorge, que terá sido morto cerca do ano 303 ao testemunhar a fé, aquando das persecuções aos cristãos ordenados pelo imperador romano Diocleciano.

O Papa frisou que esta expansão da mensagem cristã se deveu à ação do “Espírito Santo”, mesmo perante a desconfiança de alguns dos responsáveis pela comunidade de crentes.
“Pensemos hoje na missionariedade da Igreja, nos que saíram de si próprios, nos que tiveram a coragem de anunciar Jesus aos gregos - coisa quase escandalosa naquele tempo -, nesta mãe Igreja que cresce, cresce, com novos filhos aos quais dá a identidade de fé. Não se pode acreditar em Jesus sem a Igreja, di-lo o próprio Jesus”, prosseguiu.

Ao começar a homilia, Francisco dirigiu uma saudação aos membros do Colégio Cardinalício presentes: “Obrigado porque me sinto bem acolhido por vós. Obrigado. Sinto-me bem convosco”.

O decano (presidente) deste colégio, D. Angelo Sodano, apresentou uma mensagem de felicitações no início da celebração, pedindo o dom da “fortaleza” e lembrando os que sofrem “por causa da sua fé”.

No fim da missa Francisco deteve-se por instantes, em oração, diante de um ícone da Virgem Maria.

Jorge Mario Bergoglio nasceu a 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, tornou-se arcebispo da capital argentina em 1998, foi criado cardeal em 2001 e eleito Papa a 13 de março de 2013.

São Jorge, cavaleiro que abandonou o exército romano quando da sua conversão ao cristianismo, era venerado desde o século IV na Palestina, onde havia uma igreja levantada em sua honra, e o seu culto propagou-se pelo Oriente e Ocidente, tornando-se patrono de vários países, cidades e instituições civis e eclesiais, como os Escuteiros.

Sepultado em Lod, próximo de Telavive, em Israel, o mártir São Jorge é habitualmente representado na iconografia cristã montado a cavalo, lutando contra um dragão que simboliza as forças do mal.

Cf
 
Fonte: Da Mihi Animas

domingo, 21 de abril de 2013

A destruição da infância


Como a educação sexual é um meio para perverter o ensino na escolas do país


Imagine que você tenha uma filha pré-adolescente e precise matriculá-la na escola para iniciar os estudos do Ensino Fundamental. Agora imagine que a professora de sua filha precise dar aulas de Educação Sexual e, para isso, conte com o auxílio de uma cartilha do governo com imagens de pessoas fazendo sexo. Não bastasse isso, imagine também a mesma professora incentivando danças nas quais sua filha tenha de simular relações sexuais com um menino. Ficou espantado? Justo! Mas, apesar das cenas acimas parecerem irreais, na prática, já se tornaram parte do currículo escolar de uma porção de alunos Brasil afora.

A Educação Sexual para jovens, ao contrário do que se costuma dizer no círculo das classes falantes, não é um método para discutir tabus, sequer informar a juventude sobre riscos de DSTs ou gravidezes indesejadas. O foco principal desse trabalho é estimular um novo padrão de comportamento baseado no perfil desejado por ONGs e fundações internacionais. O Conselho de Informação e Educação Sexual dos Estados Unidos (Siecus), grande colaborador no que tange à produção de material para esses assuntos, faz uma clara apologia em seu site de práticas como "masturbação", "aborto" e "materiais pornográficos". Coisas do gênero são vistas como direitos sexuais.

Por outro lado, a mesma instituição defende o fim do financiamento do Estado para programas que promovam a abstinência e a castidade por, segundo eles, não produzirem um resultado efetivo, satisfatório. O que é uma mentira deslavada! Para pôr fim ao embuste, basta pegar as declarações do diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da Aids da Escola de Saúde Pública de Harvard, Edward Green, para constatar o quão a Igreja estava e está certa no debate sobre o uso da camisinha. Ou então observar a queda do número de soropositivos na Uganda, após o governo adotar uma política de incentivo à castidade e à fidelidade conjugal.

Ao contrário do que dizem os promotores desse tipo de educação, o ensinamento da Igreja quanto à sexualidade não está radicado em "crenças religiosas ultrapassadas", mas na própria razão humana. Uma árvore é reconhecida pelos seus frutos e os frutos da educação sexual são jovens iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo. De acordo com uma pesquisa do próprio IBGE, 30% dos adolescentes de 15 anos já tiveram sua primeira relação. Número assustador e que revela o quão perniciosa é a famigerada educação sexual.

A família é a primeira escola de valores da criança e é por isso que o Magistério da Igreja insiste tanto no assunto. A aprovação do divórcio, os métodos contraceptivos e os novos padrões de família inocularam no pensamento das pessoas a ideia de que o casamento seja uma instituição falida. Um mero arranjo contratual no qual as partes contratantes prestam serviços sexuais uns aos outros até um deles enjoar. Isso representa uma verdadeira prostituição do matrimônio. É dessa mentalidade maluca que se abre espaço para uma educação cada vez mais apelativa e promotora de comportamentos sexuais absurdos.

É de responsabilidade dos pais educarem seus filhos e promoverem uma reta compreensão da dignidade humana. Não é à toa que São Pio X afirmou que os familiares que descuidam de tal obrigação são "culpados diante de Deus". Jesus advertiu categoricamente para o zelo com as crianças. Escandalizá-las é um crime terrível que clama aos céu, e ai daquele que o fizer, "mais lhe valeria que encaixasse no pescoço uma pedra de moinho e se jogasse ao mar" (Mt 18, 6).

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

Soberba - Origem e Traços Gerais



Como sabemos, o mal não existe enquanto substância. Já o provara Sto Agostinho mostrando que o mal é sempre ausência; ausência de que? De ser ou de ordem. Um buraco não existe por si mesmo; ao contrário, ele precisa se vincular a um ser determinado. Assim, falamos de buraco no chão, na parede, no papel, etc. Neste exemplo, observamos a falta de ser. Ninguém, porém, poderia pensar num buraco em si, sem qualquer ser no qual se anexasse. Da mesma forma, se nos nascessem orelhas nos braços, isto seria um mal por ser falta de ordem.

Portanto, a existência do mal é absolutamente condicionada à pré-existência do bem. Isto significa que a ocorrência do mal denuncia forçosamente o predomínio do bem. Isto é interessantíssimo. Jamais se poderá dizer que o mal dominou o mundo absolutamente - podemos falar algo semelhante do mal moral -, pois, toda vez que ele acontece, dá testemunho do bem. Enquanto houver mal no mundo é porque há mundo, isto é, permanece o bem da existência do mundo.

Portanto, o mal não pode criar substâncias. Mesmo o demônio substancialmente é bom. Sua inteligência e vontade férrea são, naturalmente, bens. Porém, ele usa estes seus dotes para o mal; eis, aí, o mal moral. A contradição de Lúcifer é que, se alguém por acaso se admira da sua inteligência e da maestria dos seus planos para perder os homens, satisfazendo, portanto, ao seu orgulho, esta mesma pessoa rende, no mesmo ato, uma profunda admiração a Deus, o seu Criador. Eis o drama do demônio: detestar a Deus mas contemplar em si mesmo a perfeição que fala continuamente dAquele que o fez.

O demônio é chamado de Pai da Mentira. Naturalmente, se Deus é a Verdade, e o demônio se opõe a Deus, é lógico que só o poderia fazer aderindo à mentira. Daí que, desde o início dos tempos, o demônio trabalha com imprecisões, suposições falsas, versões torcidas, teorias falaciosas. Lembremos que os anjos - e Lúcifer é um anjo - não têm corpos. Como, então, se pode entender a célebre batalha que ocorreu no Céu e que resultou na queda de Lúcifer e sua expulsão do Paraíso? O combate, obviamente, não se podendo dar fisicamente, se empreendeu no campo das idéias, pois os anjos são substâncias espirituais simples, dotadas de inteligência e vontade. Dar uma estudada nas relações entre estas duas potências, pode ajudar a entender tudo isso um pouco melhor.

A oposição de Lúcifer, o que o levou a mentir e torcer a verdade, deu-se por causa de sua soberba (Superbia), pela qual se indignou contra a ordem das coisas. Veremos que é esta mesma soberba o que se insere na alma humana quando esta sofre a Queda. Reparemos esta relação entre soberba e mentira.

Naturalmente, Deus é o centro da criação, como um Sol ao redor do qual devem gravitar todos os demais seres. A ordem do todo depende disso. Quando, porém, se exclui o sol do centro, provoca-se uma revolução contra a harmonia, donde resulta, logicamente, a desarmonia, a desordem. Esta desordem perpetuada poderia muito bem ser chamada de inferno, isto é, uma eterna rebelião contra Deus.

O que Lúcifer faz é pretender igualar-se a Deus. Não o podendo - obviamente - ele sugere esta mesma vontade no homem. Este passa a querer ser igual a Deus sem Deus, o que o insere numa atitude de oposição à ordem e ao bem. Algumas consequências disso são o que aqui chamaremos neurose, que é uma facilidade em torcer o sentido das coisas, em fazer suposições erradas, em se proteger freneticamente de ameaças inexistentes.

Quando o homem se torna soberbo, isto o afasta do amor, pois amor e soberba são antagônicos. Quanto mais há amor numa alma, menos há soberba e, logo, há mais humildade. Quanto, porém, mais soberba há, menos amor e menos humildade se tem. A soberba é a mãe de todos os pecados humanos, todos eles consistindo numa revolta contra Deus, numa preferência das criaturas em detrimento da divindade, numa negação prática do amor. No entanto, todos os pecados, considerados em si, podem ser entendidos como uma fuga de Deus. Já a soberba, diferentemente, não foge, mas O enfrenta. Daí a Escritura dizer que Deus resiste ao soberbo e se revela ao humilde.

Se desgraçadamente este mal, a soberba, se inseriu na alma humana, já se vê que ela - a alma - passará a encontrar em si uma tendência ao erro, ao egoísmo, à mentira, à negação do bem, e isso tanto mais quanto maior for a sua soberba. Falaremos, em seguida, da dinâmica própria desta mãe dos vícios.

Fonte: Amor e Pobreza

Por que o ateísmo é tão comum nas universidades?


Ó Virgem Maria, dá-me um coração bom - Santa Edith Stein

Ó doce mãe Maria, dá-me um coração 
Cheio de vitalidade, aberto como o coração de teu filho, 
E transparente como as águas de uma fonte clara. 
Dá-me um coração nobre e corajoso, que não se aborrece, 
Nem sequer liga para as chateações sofridas; 
Um coração despreocupado que se doa alegremente; 
Um coração que conhece as fraquezas, 
E por isso as sente e as experimenta interiormente; 
Um coração profundo e agradecido, 
Que não faz descaso das coisas pequenas. 
Dá-me um coração suave e humilde, 
Que ama sem reivindicar amor em troca, 
Que, cheio de alegria, libera espaço 
Noutro coração para teu filho; 
Um coração nobre e vigoroso, 
Que não se abate nas decepções; 
Que não se dispersa e não se zanga; 
Que não se paralisa com as provações; 
Que na falta de atenção não perde a sintonia, 
Que na indiferença não se desencoraja. 
Dá-me, porém, um coração, 
Impulsionado pelo amor que tens por Jesus, 
Pelo desejo da maior honra e glória de Jesus 
E nisso não se detenha, 
Até alcançar o céu. Amém.
Edith Stein

sábado, 20 de abril de 2013

Cântico dos Templários: Salve Regina (Salve Rainha)


A Eficácia da Ave Maria e do Terço - São Luís Maria de Montfort


E eles (S. Domingos, S. João Capistrano e Alano de la Roche) compuseram livros inteiros sobre as maravilhas e eficácia da Ave Maria para a conversão das almas. Altamente publicaram e pregaram que a salvação do mundo começou pela Ave Maria e a salvação de cada um em particular está ligada a essa prece; que foi essa prece que trouxe à terra seca e árida o fruto da vida e que é esta mesma prece que deve fazer germinar em nossa alma a palavra de Deus e produzir o fruto da vida, Jesus Cristo; que a Ave Maria é um orvalho celeste que umedece a terra, isto é, a alma, para fazer brotar o fruto no tempo adequado, e que uma alma que não for orvalhada por esta prece ou orvalho celeste não dará fruto algum, nem dará senão espinhos e não estará longe de ser amaldiçoada (Heb 6,8).

No livro "De dignitate Rosarii", do bem aventurado Alano de la Roche lê-se o seguinte que a Santíssima Virgem o revelou: "Saibas, meu filho, e comunica-o a todos, que um sinal provável e próximo de condenação eterna é a aversão, a tibieza, e negligência em rezar a Saudação Angélica, que foi a reparação em todo mundo. Eis aí palavras consoladoras e terríveis que se custaria a crer, nse não no-las garantissem esse santo homem e antes dele S. Domngos, como, depois dele, muitos personagens fidedignos, com e experiência de muitos séculos.

Pois sempre se verificou que aqueles que trazem o sinal de condenação, como os hereges, os ímpios, os orgulhosos e os mundanos, odeiam e desprezam a Ave-Maria e o Terço. Os hereges ainda aprendem e recitam o Pai-Nosso, mas abominam a Ave-Maria e o Terço. Trariam antes uma serpente sobre o peito que o Rosário. Os orgulhosos também, embora católicos, mas tendo a mesma inclinação que seu pai Lúcifer, desprezam ou mostram uma indiferença completa pela Ave-Maria, considerando o Terço uma devoção efeminada, suficiente para os ignorantes e analfabetos. Ao contrário tem-se visto e a experiência o prova que aqueles e aquelas que possuem outros e grandes indícios de predestinação, amam , apreciam e recitam com prazer a Ave-Maria. E quanto mais são de Deus, tanto mais amam esta oração. É o que a Santíssima Virgem diz também ao bem-aventurado Alano, em seguida às palavras que citei.

Não sei como isso acontece nem porque,entretanto é verdade e não conheço melhor segredo para verificar se uma pessoa é de Deus do que examinar se gosta ou não de rezar a Ave Maria ou o terço. Digo: gosta, pois pode acontecer esteja na impossibilidade natural ou até sobrenatural de dizê-la, mas sempre a ama e a inspira aos outros.


 Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem - S. Luís de Montfort - pags 235-237


Créditos: Católicos Ribeirão/ O Segredo do Rosário 
Escritos dos Santos

Quem provocar a queda de um só destes pequenos...



“Quem provocar a queda de um só destes pequenos que crêem em mim, melhor seria que lhe amarrassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem no fundo do mar”. Mt 18, 6

Sem sombra de dúvida atravessamos um dos tempos mais difíceis para a infância e a juventude em toda a história. Nossas crianças e nossos jovens se encontram diante de dois caminhos: o do Senhor e do mundo. Aparentemente o caminho que o mundo apresenta é o melhor: a diversão e o prazer disfarçam a quebra de valores indispensáveis para a vivência de uma vida reta e saudável. A criança cresce jogando jogos violentos, que incitam o ódio e a destruição, escutam músicas com letras que aos poucos corrompem as inocentes mentes e ainda encontram, em muitos lugares, um ensino cada vez menos comprometido com os valores cristãos.

Já a juventude vive aquilo que aprendeu na infância. Os controles de vídeo-game são substituídos por armas que são cada vez mais usadas com incoerência. As músicas com letras ridículas impulsionam a curiosidade por conhecer o álcool, drogas e a promiscuidade. Isso torna-se um ciclo vicioso, vemos crianças agindo como adolescentes, adolescentes querendo os direitos dos adultos sem querer os deveres deles e com isso vemos adultos mau formados, agindo como crianças.

O ensino público - em grande parte - contribui para o afastamento dos jovens da Igreja, pois são contadas mentiras absurdas sobre a Igreja Católica, principalmente nas aulas de História e Ciências, colocando a Igreja como se fosse uma assassina em série e inimiga da razão e das ciências. Além disso nossa educação está sendo moldada por ensinamentos imorais que propagam uma sexualidade completamente desorientada, que abandona a afetividade, a busca pelo amor verdadeiro e colocam a busca pelo prazer como meio de vida.

Assim como a infância do passado é a juventude de hoje, esta última será a terceira idade no futuro, naturalmente. Mudá-la completamente é quase impossível. Então o que devemos fazer? Investir na formação de nossas crianças, orientar depois os jovens e adultos para, novamente, termos a honra de aprender com os idosos, como outrora acontecia, pois este é o caminho do Senhor.

Que São José, que tanto zelou pelo Menino Deus proteja as nossas crianças e jovens. Que Deus nos dê a Sua benção e Sua graça!

João Carlos Resende

Fonte: Mater Dei

Homem é preso na França por usar camisa PRO FAMÍLIA publicamente

Mais uma notícia demonstrando que o mundo caminha para um totalitarismo do "politicamente correto". Desta vez, o totalitarismo é patrocinado pelo governo socialista francês e a notícia foi publicada pelo jornal Le Figaro:

Homem é preso por estar vestindo uma camiseta defendendo a família tradicional.
Essa é a resposta de um Governo que está perdendo o apoio público às suas medidas pró "casamento homossexual".

Vejam: www.lefigaro.fr/actualite-france/2013/04/08/01016-20130408ARTFIG00579-proces-verbaux-en-serie-pour-le-port-du-sweat-shirt-de-la-manif-pour-tous.php
 
Fonte: A Vida Sacerdotal

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Conselhos sobre discrição, por São Josemaría Escrivá



por São Josemaria Escrivá



● De calar não te arrependerás nunca; de falar, muitas vezes.


● Como te atreves a recomendar que guardem segredo..., se essa advertência é sinal de que tu não o soubeste guardar.


● Discrição não é mistério nem segredo. É simplesmente, naturalidade.


● Discrição é... delicadeza. – Não sentes certa inquietação, um mal-estar íntimo, quando os assuntos – nobres e correntes – da tua família saem do calor do lar a indiferença ou para a curiosidade da praça pública?


● Não exibas facilmente a intimidade do teu apostolado. Não vês que o mundo está cheio de incompreensões egoístas?


● Cala-te. Não esqueças que o teu ideal é como uma luzinha recém-acesa. – Pode bastar um sopro para apagá-la em teu coração.


● Como é fecundo o silêncio! – Todas as energias que perdes, com as tuas faltas de discrição, são energias que subtrais à eficácia do teu trabalho.
- Sê discreto.


● Se fosses mais discreto, não te lamentarias interiormente desse mau sabor na boca que te faz sofrer depois de muitas das tuas conversas.


● Não pretendas que te “compreendam”. – Essa incompreensão é providencial: para que o teu sacrifício passe desapercebido.


● Se te calares, conseguirás mais eficácia em teus empreendimentos apostólicos – a quantos não lhes foge “a força” pela boca! – evitarás muitos perigos de vanglória.


● Sempre o espetáculo! – Vens pedir-me fotografias, gráficos, estatísticas.
-- Não te envio esse material, porque (parece-me muito respeitável a opinião contrária) depois havia de pensar que o trabalho para me empoleirar na terra..., e onde eu quero empoleirar-me é no Céu.


● Há muita gente – santa – que não entende o teu caminho. – Não te empenhes em fazer que o compreendam; perderás o tempo e darás lugar a indiscrições.


● “Não se pode ser raiz e copa, se não se é seiva, espírito, coisa que vai por dentro”.
-- Aquele teu amigo que escreveu estas palavras sabia que eras nobremente ambicioso. – E te ensinou o caminho: a discrição, o sacrifício, ir por dentro!


● Discrição, virtude de poucos. – Quem caluniou a mulher dizendo que a discrição não é virtude de mulheres?
-- Quantos homens bem barbados têm que aprender!


Que exemplo de discrição nos dá a Mãe de Deus! Nem a São José comunica o mistério.
-- Pede à Senhora a discrição que te falta.


O despeito afiou a tualíngua. Cala-te!


● Nunca te encarecerei suficientemente a importância da discrição.
-- Se não é o gume da tua arma de combate, dir-te-ei que é a empunhadura.


● Cala-te sempre que sintas dentro de ti o referver da indignação. – Ainda que estejas justissimamente irado.
-- Porque, apesar da tua discrição, nesses instantes dizesmais do que quererias dizer.


São Josemaria Escrivá - “Caminho”, pontos nº 639 a 656, Ed.Quadrante, São Paulo, SP.


P.S.: Acesse aos links marcados em alguns pontos, eles redirecionam para artigos sobre estes assuntos.

Fonte: Blog Mater Dei

Psicologia comparada do homem e da mulher




Por Pe. Jean Viollet*

Se quisermos ajudar a juventude a evitar as surpresas oriundas da ignorância, é preciso fazer-lhe conhecer a psicologia própria do homem e da mulher.

Não pretendemos afirmar que os sexos sejam essencialmente diferentes um do outro. O homem e a mulher assemelham-se estranhamente, nesse sentido que ambos são dotados de inteligência, vontade e liberdade, possuem um e outro uma consciência moral, e seria falsear sua natureza atribuir, por exemplo, a sensibilidade e a inteligência intuitiva unicamente ao sexo feminino e a força física e inteligência discursiva unicamente ao masculino. Existem mulheres fisicamente mais fortes que o homem e, por outro lado, há elementos masculinos cuja sensibilidade é mais aguçada que da mulher. Todavia, no conjunto, cada um dos sexos define-se por qualidades específicas e os dotes de um são complementares aos do outro.

O homem demonstra ordinariamente maior força muscular do que a mulher. Eis porque é mais facilmente empreendedor e audacioso: é por natureza combativo, estimulado pelos obstáculos. Assim sendo, é constituído para comandar, com risco de abusar do poder para dominar e impor sua vontade. Ressaltam-se, de pronto, os excessos decorrentes dessas disposições naturais. É o egoísmo brutal, o orgulho, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do próximo, principalmente dos da mulher.

O abuso é tanto mais fácil que a mulher amorosa curva-se docilmente às exigências daquele que ama. Isto não significa que a mulher seja o ser fraco, incapaz de se dirigir e defender, como comprazeram-se a pintá-la os antifeministas**. Diariamente dá provas de força de caráter, e se é muscularmente mais fraca do que o homem, mostra-se muitas vezes mais resistente e capaz de suportar a fadiga e o sofrimento da existência. Porem, porque vive mais pelo coração, recebe mais facilmente as influências e considera os acontecimentos através de sua repercussão sobre os sentimentos.

Quando um homem não tem a animá-lo um verdadeiro ideal e elevada generosidade, a mulher torna-se uma presa fácil para seu egoísmo. Sabemos como são freqüentes os abusos da autoridade masculina em certos meios. Sob pretexto de que é o mestre, impõe suas vontades sem preocupação das regras morais. O número de mulheres literalmente exploradas pelo egoísmo do marido é muito maior do que se pensa. À mulher cabem todos os trabalhos, as responsabilidades, e de um modo geral os piores encargos pesam sobre ela. Que não possa dispor durante todo o dia de um só momento para si não é pensamento que preocupe o marido, e quando a vê doente, esgotada, mostra-se surpreendido, sem contudo considerar-se responsável.

E todavia a força só foi dada ao homem para que seja protetor da mulher, para manter o moral da família e ajudar a cada um dos membros na prática do bem. Longe de alardear seu poder, o homem deve aprender a refrear as exigências de seu egoísmo a partilhar com a mulher das preocupações da vida familiar e, até mesmo, de certos serviços domésticos, quando necessário.

A mulher, sendo a guarda do lar, orienta, naturalmente, sua inteligência para as questões que interessam a vida familiar. Mas daí pode resultar uma tentação, a de se enclausurar no circulo dos serviços rotineiros, que a levariam a abandonar certos deveres inerentes à vida social da família e a de se deixar absorver pelas preocupações de cada dia ao ponto de descuidar dos interesses gerais. Por amor dos seus, ela se arrisca ou a mimar demais os filhos ou a aceitar passivamente as idéias do marido, quiçá contrárias à moral. Talvez porque sua inteligência seja mais intuitiva do que dedutiva, a mulher rege pelo silêncio aos argumentos do marido que ama. Muitas jovens, ansiosas por se formarem uma personalidade antes do casamento, uma vez casadas, ficam como que inibidas e, por assim dizer, fundidas na personalidade mesmo insignificante do marido.

Daí resulta, para o homem, uma tentação de abuso à qual sucumbirá frequentemente. Se estiver cônscio de suas responsabilidades, longe de se aproveitar dessa disposição de espírito, protegerá a mulher, em vez de explorar em benefício próprio a fraqueza feminina, ajudará sua companheira e, sendo preciso, conduzi-la-á a manter e desenvolver uma personalidade moral.

No decorrer da vida cotidiana, a mulher geralmente demonstra menos atividade e iniciativa do que o homem, mas possui maior resistência e energia; é mais perseverante, fiel e paciente naquilo que empreende. Eis porque, quando esclarecida e dotada de vontade, triunfa mais do que o homem na educação dos filhos, auxiliado, como é, pela sua intuição das tendências e dos caracteres, pela paciência e tenacidade. Assim sendo, sua influência torna-se mais penetrante e, muitas vezes, mais duradoura que a do pai. O homem contenta-se frequentemente em governar o filho; a mãe conquista-lhe a confiança, influenciando mais profundamente sua alma. Portanto o homem deve vigiar e nunca diminuir a autoridade da mãe, como tantas vezes o faz por ciúme. Seu dever é apoiá-la na sua obra de educadora.

Se existe um fato surpreendente, é o homem não ter ainda compreendido que sua natureza, menos sensível do que a da mulher, obriga-o a um domínio especial sobre as tentações sexuais, cujo resultado seria conferir-lhe uma responsabilidade particular diante das regras da moral e da castidade conjugal. O homem deveria estar sempre apto a vencer, para nunca exigir uma união que só poderia ser satisfeita ao preço de uma falta ou desonestidade. Mais senhor de sua sensibilidade, compete-lhe ser bastante forte para resistir, ao mesmo tempo, às suas próprias tentações e às da mulher, mais confusas, porém talvez, por isto mesmo, mais perigosas. Se o homem se considera mais tentado do que a mulher, não é tanto por questão de natureza, como pela consagração de um abuso. Persuadiu-se de que sua força física explica e justifica todas as exigências sexuais, ao passo que esta lhe impõe um dever especial de domínio próprio e proteção à natureza feminina, mais propensa à confiança e ao abandono.

É fácil tirar conclusões dessas observações. A primeira revela-nos que o homem só compreenderá a natureza feminina na medida em que, sendo o senhor de seus instintos, tiver influência sobre o coração da esposa, lhe der prova de que é capaz de dominar seus sentidos e, finalmente, amá-la pelas suas qualidades e não unicamente pelos prazeres que ela lhe proporciona. A segunda, é que comete um abuso de autoridade toda vez que se serve de sua força para exigir da mulher a satisfação de desejos contrários à moral. Infelizmente, são freqüentes os casos em que o homem exerce sobre a companheira uma verdadeira tirania sexual. Muitos lares conheceriam menos desacordos íntimos, se a força masculina fosse colocada ao serviço de um maior domínio próprio.

A educação dos filhos só é possível pelo acordo dos pais. Eles têm igual autoridade, embora esta se exerça por meios diferentes. O homem, mais senhor de sua sensibilidade, talvez consiga, melhor do que a mulher, despertar no filho o sentimento de justiça. Porém o carinho feminino saberá suscitar mais profundamente os sentimentos do coração. Para essa obra difícil, que deve ser complementar e não contraditória, Deus dá a cada um qualidades específicas que se combinam, graças ao amor comum que ambos dedicam ao filho. A aplicação das sanções, mais particularmente da alçada do pai, exige um grande controle; a educação do coração supõe o exercício habitual do carinho materno.

Mais amorosa que o homem e naturalmente mais fiel, a mulher dispõe de graça e encanto destinados a salvaguardar o marido das tentações externas. Faltando-lhe estes atrativos, multiplicam-se as tentações para o homem, e muitas vezes, porque sua esposa não mais procura agradá-lo, o marido vem a desertar o lar conjugal.

A graça feminina pode, por outro lado, aliás, tornar-se um perigo. Se a mulher pretende tirar daí motivo de vaidade, despertará olhares indiscretos e cairá facilmente na futilidade. Ainda que um marido mal orientado encontrasse nos sucessos da esposa motivo de amor-próprio, seria em detrimento da intimidade e união dos corações.

Embora a natureza do homem seja mais fria que a da mulher, é preciso não se concluir logo que ele seja necessariamente egoísta. Há manifestações femininas de carinho que nascem de um violento desejo de satisfação pessoal. Se o homem deve ser bastante psicólogo para dar à esposa as provas de carinho de que ela necessita, a mulher deve esforçar-se por penetrar no pensamento do marido a fim de compreendê-lo.

A inteligência do homem é mais positiva, calculadora, objetiva. A da mulher mais espontânea e intuitiva. Cabe a esses dois valores entenderem-se mutuamente para melhor se ajudarem. Se a inteligência feminina é mais intuitiva é porque inclina-se espontaneamente para o amor do qual é, por natureza, a guardiã. A mulher descobre, quase sem raciocínio, os sentimentos que podem favorecer o amor ou prejudicá-lo. Seu modo de compreender não é inferior ao do homem, é diferente. As funções e responsabilidades são outras. Alguns filósofos julgam que a inteligência intuitiva é superior à discursiva.

Dessas diferenças intelectuais podem, facilmente, surgir incompreensões. O homem é tentado a julgar-se superior à mulher, e esta inclinada a crer que o homem não sabe amar. Um pouco de boa vontade e esforços mútuos para se compreenderem fariam facilmente desaparecer essas pretensas oposições. Seria preciso, ainda, que a mulher se deixasse penetrar pela razão positiva do homem, e que este procurasse entender as intuições da natureza feminina. Estas, de ordem sentimental, impedirão, muitas vezes, o homem de cometer atos que muitas vezes fechariam seu coração às exigências da piedade e da bondade; a ponderada razão masculina ajudará a mulher a verificar a objetividade de seus sentimentos.

O espírito feminino é tentado a confundir o amor com as emoções da sensibilidade. A mulher julga que deixou de amar, quando não mais as sentir. É uma tentação perigosa contra a qual deverá precaver-se.

O homem, menos sensível, acredita, facilmente, que lhe basta cumprir seu dever de proteção e ser fiel à mulher para lhe testemunhar seu amor. Esquece muito depressa que a sensibilidade feminina é uma flor delicada que é preciso cultivar sempre.

A boa compreensão entre o homem e a mulher é um compromisso perpétuo. Se a esposa pretende acompanhar o marido sob pretexto de que tem necessidade de sua presença constante, logo o cansará. Por pouco que exerça sobre ele seu domínio, sua tirânica afeição privará o marido de toda iniciativa e atividade pessoal. Se o marido for dotado de uma personalidade vigorosa, abandonará facilmente a mulher e dela se desapegará. Se, por outro lado, se mostrar indiferente e distraído, não se dando ao trabalho de dedicar-lhe uma parte de seu tempo, se não souber entendê-la para compreendê-la, provocará insensivelmente na esposa um sentimento de solidão que pode, então, em tristeza e em tristes separações. Assim a diversidade das naturezas explica-se pela diversidade dos encargos. Seria vão e odioso procurar definir a superioridade do homem e da mulher. Com efeito, não é possível decidir qual das duas funções, a de proteger ou a de manter a união dos corações, é a mais sublime.


*em “A educação do pudor e do sentimento, Jean Viollet, pp.150-3”

** Como livro foi escrito em 1925 o termo "antifeminista" provavelmente não teria o mesmo emprego que usamos hoje, que é o da sadia luta contra o feminismo, movimento este que deturpa a verdadeira essência feminina, creio que o sentido do termo usado pelo autor nesta época se referia a ações que depreciavam as mulheres. Nota do administrador deste blog.

Fonte: Blog Mater Dei

terça-feira, 9 de abril de 2013

A relação entre castidade, modéstia e pudor


por Pe. Thomas Morrow

Transcrição: Blog Mater Dei
           
Uma proposta de castidade não pode dar resultado sem a virtude do pudor no vestir, tanto em homens como em mulheres. Também o homem deve ser modesto, embora não pensemos frequentemente nisso: sungas minúsculas, calças excessivamente justas, camisetas sem manga e abertas até a cintura não são próprias a um verdadeiro cristão. No entanto, como escreveu Santa Teresa De Jesus na sua autobiografia, “as mulheres têm obrigação de ser mais modestas que os homens”. Portanto, centrar-nos-emos especialmente no tema do pudor das mulheres.
            Permitam-me que lhe conte uma história. Uma tarde, uma jovem da nossa associação católica de mulheres solteiras pensava no vestido que escolheria para assistir a um casamento. Telefonou ao pai a pedir-lhe a opinião. Ele disse-lhe: – “Bem, você tem pernas bonitas, porque não usa algo curto?” [1]
            Então ela usou “algo curto”... e quase provocou um terremoto. Não foi o seu momento mais feliz.
            Depois daquilo, começamos a falar sobre pudor e ela passou a vestir-se de forma mais recatada. Mais tarde, disse-me que tinha ido a uma festa e que o seu vestido discreto tinha chamado a atenção do que as que vestiam roupas chamativas! [2]
            Como as mulheres olham mais para a pessoa no seu conjunto, costumam ser menos conscientes de como os homens a olham. João Paulo II ponderava em Amor e Responsabilidade: “Como a sensualidade é geralmente mais forte e mais acentuada nos homens, e os faz considerar o <>; parece que seria de esperar que o pudor, enquanto tendência a diminuir a atração sexual do corpo, fosse mais pronunciado nas moças e nas mulheres”.
            As mulheres costumam ser conscientes de que os homens se sentem fisicamente atraídos por elas, mas não costumam ter a mais remota ideia da intensidade dessa atração. Quando uma mulher vê um homem de boa aparência, pensa: “É bonito”. Quando um homem vê uma mulher de boa aparência, a sua reação é muito mais intensa.
           
Muitos homens jovens que acreditam na castidade, e se esforçam por vivê-la, nunca reparam na importância da modéstia nas mulheres. Alguns estão completamente possuídos pelo desejo de gozar do espetáculo de uma bela mulher de saia curta e apertada. Mas quando começam a pensar nas causas primordiais da luxúria, não demoram a reconhecer o efeito negativo que isso tem sobre eles. O Pe. David Knight, em Good News About Sex, pensa que “seria uma propositada ingenuidade, nesta época de sofisticação psicológica, ignorar que determinado estímulo visual é objetiva e geralmente provocante para o apetite sexual de um jovem normal. Poderíamos fechar os olhos a essa realidade, mas os comerciantes não o fazem. E as fortunas que obtêm pondo em prática as suas ideias demonstram que sabem o que fazem... Quer as jovens e as mulheres da nossa cultura ignorem ou não o que se passa, quem perde são elas... Na medida em que um determinado estilo de vestir é considerado deliberadamente provocante – por parte do estilista, da cliente, ou de ambos -, esse modo de vestir deve ser considerado como uma violação ao contrário, pois estimula um desejo sexual em quem talvez não queira excitar-se. Cada vez que isso acontece aos homens (que são mais inclinados que as mulheres a esse tipo de excitação), sempre se provoca um certo mal-estar, reconheçam-no ou não...”
            Por outro lado, como recomenda o Catecismo:
            “o pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se para a castidade, cuja delicadeza proclama. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e os sentimentos que as unem.
            O pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor […] Exige que se cumpram as condições do dom do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia; inspira a escolha do vestuário...” [3]
O que é impudico hoje em dia?
            Quais os elementos mais difundidos da moda atual que provocam mais reações nos homens? O mais comum é a saia curta. Presenciei muitas vezes o desconcerto de homens piedosos quando reparavam na pouquíssima roupa que vestem algumas mulheres ao irem à Igreja assistir à Missa num dia de semana ou para fazer um tempo de oração. Achavam absolutamente contraditórios o vestuário dessas mulheres e suas práticas de piedade. Eu estava de acordo com eles. Sempre me espanta o número de mulheres piedosas que não relacionam o religioso com a roupa. Os vestidos ou as saias acima do joelho afetam sexualmente os homens, pelo menos levemente, mas talvez ainda mais psicologicamente. Quer dizer, afetam a sua opinião sobre a totalidade dessas mulheres. Às vezes, as mulheres surpreendem-se ao saberem como os homens reagem diante de umbigos expostos, seios seminus, vestidos apertados, “penteados sexy” ou peças de banho indecentes.
            Numa palestra que dei sobre o pudor, uma moça (depois descobri que era californiana) replicou:
-        “O senhor quer dizer que não devemos vestir determinados biquínis na praia?”
-        “Sim, é isso que quero dizer”.
-        “Não é um exagero, não?”
-        “Grande. Tão grande como o próprio Evangelho”.
            Vários meses depois, soube que essa moça passou a ir a praia de maiô. Tinha começado a converter-se” Quatro anos depois, entrou numa ordem carmelita contemplativa. Isso, agora no melhor sentido, é que foi, sim, um exagero...! (Nota do blog: Para saber mais sobre a tão discutida questão sobre roupas de banho acesse este link: “Sobre ouso de roupas de banho.”
            Que mulher quer ser lembrada pelas suas pernas? Ou pelo seu umbigo? Não preferiria ser lembrada pela sua afabilidade, personalidade, decência, bondade ou piedade? Se uma mulher ressalta exageradamente os seus encantos físicos, certamente apagará outros, mais pessoais, mais importantes e mais duradouros.


Pe. Thomas Morrow – “Namoro Santo em um mundo supersexualizado”
Leia a continuação artigo neste link: A relação entre castidade, modéstia e pudor - 2ª Parte
 [1] Nota do blog: Isto é um verdadeiro exemplo de pai desnaturado, chegou a dar pena da moça, que pai normal mandaria a sua filha usar um vestido que deixasse as pernas à mostra? Grande parte da falta de pudor recorrente neste nosso mundo tem sua causa na negligência em que os pais criam seus filhos, pais e mães que estão mais preocupados consigo mesmos do que com o bem da família em geral. Todos nós prestaremos contas a Deus, mas os pais prestarão contas por suas almas e pelo modo que conduziram a de seus filhos.
[2] Para saber mais sobre assunto acesse este link: “Em uma festa de casamento.”
[3] Catecismo da Igreja Católica, ns. 2521 e 2522

É possível viver a castidade apesar de sentir atração pelo mesmo sexo?

Batalha


SIM, É POSSÍVEL! Para explicar melhor isso, precisamos compreender que a castidade é dispor da sexualidade, subordinando os desejos sexuais ao espírito, afim de que esses desejos não escravizem a pessoa, nem a levem a tratar os outros como objetos de sua satisfação egoísta, mas que eles se realizem sob o amor caritativo (que se dispõe a renunciar-se a si mesmo pelo bem e salvação do outro) e em vista de alcançar os bens do amor esponsal e da procriação. Aquele que sente atração pelo mesmo sexo pode viver esta virtude, pois seus desejos sexuais - por mais intensos que sejam - não impedem a liberdade de a pessoa decidir por não os realizar e agir segundo essa decisão. Pela fuga das ocasiões de pecado, pelo jejum e pela vida de oração, qualquer pessoa pode viver a castidade. Para vivê-la com mais segurança, deve aplicar-se com mais devoção a recorrer à Eucaristia e à Santíssima Virgem. E não se deve alegar que é tarefa impossível ao homem viver a castidade, visto que mesmo os que não creem conseguem viver essa virtude (por exemplo, os monges budistas), porém, no caso deles, sem a dimensão e os auxílios da fé cristã.  

Porém, é verdade que, devido um longo período de práticas homossexuais, de masturbação, de pornografia, ou de pensamentos impuros, muitos dos que sentem atrações pelo mesmo sexo ficam condicionados a pecar contra a castidade. Eles querem abandonar essas práticas, arrependem-se e se confessam, porém, depois de certo tempo, sentem-se tão intensamente constrangidos a pecar que acabam pecando de novo. Daí sentem grande tristeza, pois pecaram, mesmo tendo feito o propósito de não fazê-lo. Contudo, mesmo partindo dessa condição, é possível alcançar a castidade. Pois, nestes casos, é comum duas situações que não são autoexcludentes: a primeira, em que a vontade está enfraquecida, de modo que, apesar de ter decidido não pecar, ela vacila e cede às paixões da carne; e a segunda, em que a carência está mal trabalhada a ponto de a pessoa ter um apego afetivo às suas práticas - nesta situação, as práticas sexuais são vias de escapar de uma realidade insatisfatória e, às vezes, também solitária. Trabalhando ambos, o fortalecimento da vontade e a carência, é possível superar gradativamente essas práticas e alcançar a castidade. Para que seja mais efetivo, sugerimos que a pessoa, nestas condições, procure um sacerdote ou alguém que tenha vida ascética, para que seja acompanhado por ele. Também, caso a pessoa ou o diretor espiritual considere oportuno, pode considerar a busca de apoio psicológico, para lidar com o enfraquecimento da vontade e com a carência.

Muitos afirmam que não, mas a verdade não é essa. O homem criado como um ser racional, é chamado a dominar as suas paixões e não a deixar-se dominar por elas. Portanto, é possivel SIM viver a castidade a pesar de sentir atração pelo mesmo sexo. E o nosso apostolado nos EUA há mais de 30 anos apresenta testemunhos contundentes dessa verdade.
Fonte: Juventude Coragem

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um Pai que não Reza...



 
Ao pé do leito, Pedrinho (quatro anos e meio) faz a sua oração que parece bem comprida.

- Então não acabaste ainda a oração? - pergunta a senhora.

- Já - responde a criança embaraçada.

- Mas então que estás aí a fazer?
A criança cora e murmura timidamente:

- É que eu faço duas cada noite: a minha e a do Papai; ouvi-o dizer à mamãe que não estava disposto para rezas; faço-a eu por ele.

Precocidade? Sim. E as crianças não têm perspicácias destas que nos desnorteiam?

Ah! esses pais que julgam poder ser incoerentes diante dos filhos! Como eles ignoram as exigências desses cerebrozinhos, desses corações infantis!

E como sabem também os filhos aproveitar-se do que se diz diante deles!

Uma protestante convertida ao catolicismo, Lady Baker, conta no seu livro La Maison de Lumière, como criança ainda, - tinha onze anos aproximadamente, e, claro esta, pertencia como seus pais a Religião Reformada - lhe acontecera surpreender uma conversa entre seu pai e sua mãe. Dizia o pai: "Ouvi hoje um bom sermão; demonstrava-se que as Reformas fora um erro e que a Inglaterra teria passado muito bem sem ela."

"Psiu! interrompe a mãe escandalizada, cuidado que as crianças podem ouvir!".

"Retiraram-se da sala de estudos, escreve Lady Baker, e não ouvimos mais nada. Mas comecei logo a maturar sobre essas estranhas palavras". Nessa mesma tarde, em passeio, pedia ela à criada para entrar numa igreja católica. A partir dessa data germinara nela o desejo de estudar as origens da peseudo-Reforma, e, no caso em que seu pai tivesse dito a verdade, de mudar mais tarde de religião.

Graças a Deus, não perdi o hábito da oração. Mas talvez, por qualquer pretexto, eu não mostre bastante a meus filhos que oro. São efetivamente duas coisas distintas: orar e deixar perceber aos filhos que se ora. Não me basta, pois, orar só para mim. O meu dever de chefe de família é orar em nome da família, diante da família e com a família. É necessário que os meus filhos saibam que o seu pai honra a Deus, e aprendam, a exemplo seu, o grande dever da adoração e do culto. A oração, e da noite pelo menos, deve ser feita em comum.

Em muitos lares onde no fim do dia todos se reúnem para honrar a Deus, é a mãe quem preside à oração, o que mais tarde fará cada filho, por ordem. Melhor seria que fosse o pai. É uma função que lhe pertence, uma função em certo modo sacerdotal, falando num sentido lato...


Fonte: Cristo no lar, meditações para pessoas casadas, por Raúl Plus, S.J, tradução de Pe. José Oliveira Dias, S.J.

Fonte:
 
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