terça-feira, 26 de março de 2013

Rock, Revolução e fé católica




Por Pe. Paulo Sandes, CO



A pedido de alguns amigos e filhos espirituais faço saber minha opinião sobre o Rock.

Temos visto espalharem-se pelo mundo on line vários textos sobre o assunto. Alguns, apaixonados defensores, vestem a camisa (literalmente), andando de preto, fazendo tatuagens, deixando o cabelo comprido e assim por diante. Outros, católicos moderados defensores, dizem que desde que as letras sejam boas, desde que não tenham teor satânico, ou desde que não seja “muito pesado”, não haveria problema algum em escutar um “bom rock”. Ainda alguns, radicalmente opositores, apresentam letras satânicas, práticas desonestas, dizendo que por causa desse incentivo não se deve escutar nenhum tipo de rock.

Aqueles que me conhecem já sabem a minha posição a respeito, mas tentarei explicar de modo conciso aquilo que já sabem através de explicações em palestras e formações que já dei. Aliás, peço aos leitores desculpas antecipadas por ser péssimo escritor.

Penso que, em primeiro lugar, deveríamos definir o que seja o rock, pois só podemos admitir um valor positivo ou negativo àquilo que conhecemos. Muitos dirão: o rock é um estilo musical como outro qualquer que nasceu dentro de um determinado ambiente cultural; outros falarão que o rock é um estilo musical satânico que arrasta seus ouvintes ao mundo dos vícios e do pecado; outros ainda, que o rock é “um estilo de vida, UH! HU!”, e levantarão os dedos indicador e mindinho das mãos.

Ao meu ver, nenhuma destas posições conseguiu definir o rock como tal. E sem mais delongas defino-o do seguinte modo: o rock é um estilo musical revolucionário. Explicarei.
Em primeiro lugar, recordemos o que é a revolução:
Revolução é um atentado qualquer contra a ordem imposta por Deus na criação. O primeiro revolucionário foi o Demônio que rebelou-se contra Deus e depois fez Adão e Eva comerem o fruto proibido.

Muitas vezes temos ouvido de alguns redutos comunistas (que se dizem católicos) que “Jesus foi o maior de todos os revolucionários”. Ora, isso é um verdadeiro absurdo, pois Nosso Senhor não veio causar um mal à ordem, mas sim, Ele veio restituí-la. O mundo, que estava em verdadeira desordem por causa do pecado, tem agora a oportunidade de restabelecer a ordem através de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Voltando ao rock, muitos poderiam defender alguns pontos que consideram bons no rock. Porém, ninguém poderia discordar do fato de o rock ser um estilo musical e ainda revolucionário. E é revolucionário por contrariar a ordem. Ou alguém vai querer defender que o rock, na verdade, propagaria a ordem? O próprio modo como os instrumentos são tocados (distorção de guitarra, por exemplo) transmitem-nos uma contradição em relação à ordem que é própria à música.

Antes de entrar no seminário confesso que era um daqueles que gostava de ouvir um “bom rock”. No entanto, ao perceber o aspecto revolucionário do mesmo, renunciei completamente a este estilo.
A minha opinião é, pois, que o rock não deveria ser ouvido, por ser revolucionário. E se combatemos a revolução, devemos combatê-la como um todo e não só uma parte dela.

Compreendo, no entanto, que nem todos podem chegar rapidamente a essas compreensões.
Todavia quero deixar claro que essa postura de renunciar ao rock por ser revolucionário, é uma postura pessoal. Já expliquei muitas vezes a amigos e filhos espirituais como cheguei a essas definições e considero inútil postar essa longa história aqui. Se alguém quiser conversar comigo, estarei à disposição.

Deus abençoe a todos!



Fonte: Clique aqui



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Saiba sobre o assunto, acesse os links abaixo:

Um ex- ouvinte de rock

Rock in Rio e o Orgulho dos Porcos – Pe. Paulo Ricardo deAzevedo

Rockin Rio - Pe. Paulo Ricardo responde às críticas - Pe.Paulo Ricardo de Azevedo

Sexo e Moralidade - Vortex em Português


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