sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tratado de Castidade (Parte I) Santo Afonso Maria de Ligório



Excelência da Castidade 
Ninguém melhor que o Espírito Santo saberá apreciar o valor da castidade. Ora, Ele diz: “Tudo o que se estima não pode ser comparado com uma alma continente” (Ecli 26, 20), isto é, todas as riquezas da terra, todas as honras, todas as dignidades, não lhe são comparáveis. Santo Efrém chama a castidade de “a vida do espírito”; São Pedro Damião, “a rainha das virtudes”; e São Cipriano diz que, por meio dela, se alcançam os triunfos mais esplêndidos. Quem supera o vício contrário à castidade, facilmente triunfará de todos os mais; quem, pelo contrário, se deixa dominar pela impureza, facilmente cairá em muitos outro vícios e far-se-á réu de ódio, injustiça, sacrilégio, etc.
A castidade faz do homem um anjo. “Ó castidade, exclama Santo Efrém (De cast.), tu fazes o homem semelhante aos anjos”. Essa comparação é muito acertada, pois os anjos vivem isentos de todos os deleites carnais; eles são puros por natureza; as almas castas, por virtude. “Pelo mérito desta virtude, diz Cassiano (De Coen. Int., 1. 6, c. 6), assemelham-se os homens aos anjos”; e São Bernardo (De mor. et off., ep., c. 3): “O homem casto difere do anjo não em razão da virtude, mas da bem-aventurança; se a castidade do anjo é mais ditosa, a do homem é mais intrépida”. “A castidade torna o homem semelhante ao próprio Deus, que é um puro espírito”, afirma São Basílio (De ver. virg.).
O Verbo Eterno, vindo a este mundo, escolheu para Sua Mãe uma Virgem, para pai adotivo um virgem, para precursor um virgem, e a São João Evangelista amou com predileção porque era virgem, e, por isso, confiou-lhe Sua santa Mãe, da mesma forma como entrega ao sacerdote, por causa de sua castidade, a santa Igreja e Sua própria Pessoa.
Com toda a razão, pois, exclama o grande doutor da Igreja, Santo Atanásio (De virg.): ‘Ó santa pureza, és o templo do Espírito Santo, a vida dos Anjos e a coroa dos Santos!”. Grande, portanto, é a excelência da castidade; mas também terrível é a guerra que a carne nos declara para no-la roubar. Nossa carne é a arma mais poderosa que possui o demônio para nos escravizar; é, por isso, coisa muito rara sair-se ileso ou mesmo vencedor deste combate. Santo Agostinho diz (Serm. 293): “O combate pela castidade é o mais renhido de todos: ele repete-se cotidianamente, e a vitória é rara”. “Quantos infelizes que passaram anos na solidão, exclama São Lourenço Justiniano, em orações, jejuns e mortificações, não se deixaram levar, finalmente, pela concupiscência da carne, abandonaram a vida devota da solidão e perderam, com a castidade, o próprio Deus!” Por isso, todos os que desejam conservar a virtude da castidade devem ter suma cautela: “É impossível que te conserves casto, diz São Carlos Borromeu, se não vigiares continuamente sobre ti mesmo, pois negligência traz consigo mui facilmente a perda da castidade”.

Fonte: Verbum Supernum

A Luxúria e a Burrice


Hoje ocorreu-me que a Luxúria e a Burrice são irmãs próximas e amigas. Posso estar dizendo algo que outros já disseram. E isto não desmerece o raciocínio; pelo contrário, tranqüilizar-me-ia saber que caminho na esteira do pensamento de outros - desde que estes outros nada mais quisessem que a Verdade.
Mas acompanhe-me, caro leitor, o raciocínio:
1) a Luxúria prende o homem ao seu corpo, torna-o um dependente do prazer estéril e efêmero que ele lhe pode dar; e com isso, preso ao corpo e à carne, que transcendência desejará o homem, que dedicação ao espírito e a inteligência poderá querer?
2) a Luxúria torna o homem um paspalhão; pouco a pouco vai perdendo o domínio de si mesmo, torna-se semelhante a uma égua no cio, que nada mais vê que não uma genitália, nada mais ouve que não um gemido; e com isso, como terá domínio de seu pensamento? Das cadeias de sua inteligência? Seu pensamento será tão livre e solto quanto a égua no cio - e o pensamento livre, sem a âncora da Verdade, é um passaporte para o erro...
3) a Luxúria torna o homem um depressivo; um prazer vazio de sentido é somente um prazer efêmero, passageiro, sem significado, morto; uma situação de tal maneira lastimável retira do prazer a felicidade que ele poderia proporcionar em outras circunstâncias - o matrimônio, o amor dos esposos - resultando numa depressão suicida; e se há este apego ao prazer vazio de sentido, onde poderá este homem encontrar prazer ao descobrir o sentido das coisas pelo uso de sua razão? E, tendo por prazer uma coisa efêmera e depressiva, como procurará este homem a Verdade eterna que torna os homens livres e felizes (cf. João 8,32)? Não impressiona que estejamos num tempo de relativistas e suicidas - estes últimos são os que relativizam a própria vida...
A Luxúria, a devassidão, gera a preguiça de pensar, a lassidão em estudar, a fadiga de usar a razão. A Luxúria, caro leitor, é irmã da Burrice.
Nós vivemos num tempo de burros.
"Invejo a burrice, porque é eterna", dizia Nelson Rodrigues.

Fonte: En Garde!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

São Luís IX: afabilidade de santo, rei e guerreiro

 



Conta seu infaltável assesor e companheiro de armas, o senhor de Joinville:

Acontecia-lhe muitas vezes, depois da Missa, ir sentar-se no bosque de Vincennes, ao pé de um carvalho, e nos fazer sentar em torno dele.

Todos os que tinham problemas vinham lhe falar sem serem molestados por guardas ou quem quer que fosse.

E ele perguntava: “Há alguém aqui que tenha um adversário?”
Os partidos se levantavam: “Calai-vos, dizia o rei; resolver-se-ão vossos casos uns após outros”.
Chamava, então, Monseigneur Pierre de Fontaines e Monseigneur Geoffroy de Villete e dizia a um deles: “resolvei este litígio”.

Percebendo alguma alteração necessária às proposições dos juízes, ou do partido contrário, não deixava de fazê-la pela sua própria boca.

Eu o vi algumas vezes no verão ir ao jardim de Paris para ter audiência, vestido de uma cota de camelo e de uma sobrecota sem mangas, um manto negro de seda em torno do pescoço, muito bem penteado e coberto simplesmente com um chapéu de plumas de pavão.

Fazia estender um tapete pelo solo e todo o povo acorria para lhe apresentar pedidos, ficando de pé à sua volta. E ele resolvia os problemas de maneira que eu disse acima, quando falei do bosque de Vincennes.
(Fonte: Joinville, « Le Livre des saintes paroles et de bons faits de notre saint roi Louis »)

Fonte: Heróis Medievais

Como discernir a vocação sacerdotal?


sábado, 25 de agosto de 2012

Oração a São Luís, Rei de França


Oração a São Luiz Rei, do condestável Bertrand du Guesclin:

ORAÇÃO A SÃO LUIZ REI, DO CONDESTÁVEL BERTRAND DU GUESCLIN:


“Guardai-me puro como o lírio de vosso brasão!
Vós que mantínheis vossa palavra mesmo dada ao infiel, fazei que jamais mentira passe por minha boca, ainda que a franqueza devesse me custar a vida.

Óh! homem de proezas, incapaz de recuos, cortai as pontes para os meus fingimentos e que eu caminhe sempre para o ponto mais duro do combate”.

Amém.

Foto: Bertrand du Guesclin, col. part..

Fonte: Heróis Medievais

A má formação dos filhos e a má conduta dos pais






"Porque de tal maneira se espalhou por toda parte entre os que se dizem cristãos esse péssimo costume, como se fosse lei, confirmada e preceituada por todos, que procuram educar seus filhos desde o berço com muita moleza e dissolução. Apenas nascidas, antes de começarem a falar e a balbuciar, as criancinhas aprendem, por gestos e palavras, coisas vergonhosas e verdadeiramente abomináveis. Quando se desprendem do peito de suas mães, são obrigadas não só a falar mas também a fazer coisas dissolutas e lascivas. Nenhum deles se atreve a comportar-se honestamente, forçado pelo temor da idade, para não se submeter a uma disciplina severa. Bem disse o velho poeta: "Porque crescemos no meio das depravações de nossos pais, desde a infância acompanham-nos todos os males.

Isso é bem verdade, porque tanto mais perniciosas são para os filhos as condescendências dos pais quanto maior a facilidade que encontram. E quando crescerem um pouco mais e forem por si mesmos, vão cair em coisas cada vez piores. De raiz prejudicada cresce árvore estragada, e o que já foi torcido uma vez dificilmente poderá ser endireitado. Quando chegarem à adolescência, que poderão ser esses jovens? Então, no turbilhão de toda sorte de prazeres, sendo-lhes permitido fazerem tudo que quiserem, entregar-se-ão de uma vez aos vícios. Assim, escravos voluntários do pecado, entregam seu corpo como instrumento do mal. Sem nada conservar da religiosidade cristã em sua vida e em seus costumes, defendem-se apenas com o nome de cristãos. Esses infelizes muitas vezes até fingem ter feito coisas piores do que de fato fizeram, para não passarem por mais vis na medida em que forem mais inocentes."

Tomás de Celano, Primeira Vida de São Francisco

Fonte: GRAA

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sobre os beijos no tempo de namoro




Em primeiro lugar, como os homens se excitam mais rapidamente que as mulheres, uma mulher deve preocupar-se pelo modo como reage seu namorado, e não pelo seu próprio. Se ele se mostra menos amável e mais insistentes nos seus abraços ou nas suas despedidas, não há dúvida de que ultrapassou os limites do carinho. É o momento em que um deles ou ambos devem dar marcha à ré. Com uma palavra elogiosa. Por que elogiosa? Para evitar o pecado sem ferir o ego. Podem ser frases como estas: "Você é muito valioso(a) para mim" ou "Você é o máximo", antes de deixar essa companhia a noite.

Uma pergunta clássica entre os solteiros diz respeito ao french kiss ou beijo de língua. É aceitável? Redondamente, não. Houve mulheres que me disseram serem capazes de fazê-lo sem se sentirem excitadas, e acredito nelas. Mas, é difícil encontrar um homem normal que não se excite com um beijo de língua. As mulheres são responsáveis pelo que provocam no homem, assim como pelo que provocam e si mesmas.

Um estudante disse-me: - "Padre, eu consigo dar um beijo de língua sem excitar-me". Repliquei-lhe: - "Talvez seja porque o faz mal". Também pode ser porque, pela prática constante, um homem se torne insensível, mas esse processe de insensibilização esconde já muitos pecados graves.

E se alguém se excita com uma simples manifestação de carinho? Pelo princípio do efeito indireto, é algo que pode acontecer. A chave está em que a pessoa não pretenda excitar-se. No entanto, é preciso evitar uma demorada manifestação de afeto que tenha como consequência uma excitação, já que é provável que, quando se prolonga, acabe por arrastar a vontade. De qualquer modo, pôr-se voluntariamente em perigo de pecar já é um pecado.

Outro tema que costuma passar por alto é a situação de um homem e de uma mulher que, sentados no carro, se beijam - "só isso, carinhosamente" - durante um bom tempo. Além a tentação de cair num pecado sexual, aqui há um problema. O propósito do namoro é chegar a conhecer a outra pessoa para ver se seria conveniente casar-se com ela. Os beijos prolongados não ajudam a alcançar esse objetivo. Geralmente, faz-se isso por ser agradável, não para se chegar a uma descoberta interpessoal. De modo que, ainda que os beijos prolongados não provoquem excitação(o que poderia ser caso para uma consulta médica), são contraproducentes para o namoro. São pelo menos um pecado contra a virtude da prudência.


Retirado do livro:
Namoro Cristão em um mundo supersexualizado, Pe. Thomas Morrow

Fonte: Blog "Donzela Cristã".

Grifos do autor do post original.

Um homem verdadeiramente católico!


O título original desse vídeo é meio inusitado, rs, por isso resolvi renomeá-lo com o mesmo título que o Angueth colocou em seu blog.

Cristobal de Morales - Asperges Me


"Avante! os lírios defendem as fortalezas!"




A modéstia não é ainda a pureza, mas a sua salvaguarda e seu elemento de defesa. Em sua "Carta sobre a modéstia", tomando como exemplo S. João Berchmans (1922), escrevia o Pe. Ledochowski, geral da Companhia de Jesus:

"A modéstia é a casca que proteje o amago oculto, a guarda e a protetora pureza".

São Gregório Nazianzeno usa uma imagem muito semelhante: "A modéstia protege a castidade como as folhas protegem o fruto"; ou tomando a linguagem moderna da guerra, como as trincheiras defendem uma posição. Sucede que o acidental, por vezes, protege o essencial.

O grão-Mestre João de La Valette querendo disputar aos turcos uma praça forte, exclamava:
"Avante! os lírios defendem as fortalezas!"
O lírio! a flor dos escudos franceses.

Meu jovem amigo, diz também a teu modo;
 "o belo lírio da modéstia, guardará a fortaleza da castidade".

Vela especialmente pela modéstia dos olhos, nas ruas. Conheces qual seja hoje a desenfreada licença dos passeios, das mostras e de tantas cenas estonteadoras. Tem presente as palavras do profeta Jeremias:
"A morte subiu pelas janelas".(Jer. 9, 21)

Não já dúvida. Não se trata aqui, está claro, da morte física e de janelas materiais. Quando chegar o castigo de Jerusalém, diz o profeta, a morte irá bater a todas as casas e nelas penetrará, pelas janelas.

Mas os Padres da Igreja e os mestres de espírito aplicam, mui justamente, este texto a morte espiritual: ela entra na alma pelas janelas, que são os olhos:
"Ascendit mors per fenestras"

(A grande guerra - Pe. Hoornaert)
PS: grifos meus

Fonte: A Grande Guerra

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Jason Evert fala do que há de errado com a masturbação


 

Por Jason Evert

Para entender o que tem de errado com a masturbação, temos que compreender o objetivo e o sentido do sexo. Deus criou o sexo com o propósito da procriação e também da ligação amorosa. A masturbação não chega perto nem de uma coisa nem de outra. Ela apenas reforça o mito de que os homens “precisam” de gratificação e atividade sexual sempre que “desejam”. Se você parar para pensar, a masturbação é um tipo de “controle de natalidade” para pessoas que não têm “parceiro” sexual. Você quer o prazer, mas não quer seus efeitos: a criação de uma nova vida.

E quanto ao sentido do sexo, veja o que Deus planejou. Quando homem e mulher se casam, prometem um ao outro no altar que seu amor será livre, total, fiel, e aberto à vida. Quando eles fazem sexo, estão “falando” um para o outro esses mesmos votos matrimoniais, só que com o próprio corpo. Seu amor é livre: não é forçado nem dirigido pela luxúria. Ele é total: até que a morte os separe; eles não prendem nada para si, nem mesmo a própria fertilidade. Seu amor é fiel: inclui a mente, olhos, e o coração, bem como o corpo. É aberto à vida: não é deliberadamente esterilizado. Considere tudo isso que o sexo deve ser; com tudo isso, pode-se ver que a masturbação não chega nem a ser uma sombra de amor.

A masturbação também prejudica sua habilidade de amar, porque você está se ligando a fantasias. Durante o prazer sexual, o cérebro libera epinefrina, que ajuda a “imprimir” as imagens sexuais na memória. Deus planejou você para uma só mulher, por isso Ele quis que suas imagens fossem “marcadas” em seu cérebro “a ferro e fogo”, mas somente a beleza de sua mulher. Quando fugimos desse planejamento, nos ferimos. É por isso que a Bíblia diz: “Em geral, todo pecado que uma pessoa venha a cometer é exterior ao seu corpo. Mas quem pratica imoralidade sexual peca contra seu próprio corpo” (1 Cor 6, 18).

Se um homem nunca supera o hábito da masturbação, o que vai acontecer quando ele se casar?   Ele vai usar sua mulher como um objeto para o que ele pensa ser suas “necessidades sexuais”. Antes do casamento, ele pode pensar: “Cara, vai ser legal quando eu me casar um dia, então vou poder experimentar tudo isso de verdade”. Mas se ele se casar mesmo, logo cai descobrir que o sexo conjugal não é a plenitude da pornografia nem da masturbação. Essas coisas são uma distorção do amor – são dominadas pela luxúria e pelo egoísmo, ao invés do amor e do altruísmo.

Se você olhar para as qualidades que uma mulher espera de um homem – coragem, altruísmo, força, honra, confiança – você vai descobrir que a masturbação é quase que o oposto disso tudo. Ao invés de crescer na confiança, a masturbação enfraquece a imagem que um homem tem de si mesmo. Ao invés de fazê-lo corajoso e forte, ele o rouba de sua coragem.

Deus não nos deu esse desejo sexual forte para gastarmos conosco mesmo e nos tornarmos escravos de nossas próprias fraquezas. João Paulo II, antes de se tornar Papa, disse: “Deus, que é Pai, que é Criador, plantou um reflexo de seu poder criador no homem... Devemos cantar hinos de louvor a Deus Criador por essa imagem dEle em nós – e não apenas em nossas almas, como também em nossos corpos.”(1)

Nosso mundo precisa desesperadamente da renovação da verdadeira paternidade, e não importa a que vocação somos chamados, devemos amadurecer nesse papel. A idéia de se tornar um pai pode parecer distante, mas as virtudes ou vícios que praticamos agora é que irão forjar quem seremos no futuro. Que possamos começar nossa batalha contra nossas tendências egoístas, e começar a aprender o auto-controle. Embora a masturbação possa ser um hábito muito tentador, ela pode – e deve – ser superada.
________________________
(1) Karol Wojtyla, “The way to Christ” (San Francisco: Harper, 1982), 55-56.

Trecho do livro: “Pure Manhood”, de Jason Evert, págs. 27-30. (San Diego: Catholic Answers, 2007).

Fonte: Vida e Castidade

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quaresma em Honra de São Miguel Arcanjo




Sei que o dia de início oficial dessa quaresma já passou. Mas Deus não vai deixar de olhar, mesmo assim, para os que rezarem com devoção mesmo tendo passado a data ideal.

Histórico Quaresma São Miguel

São Francisco foi um santo que em sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma, para não esfriar o seu amor por Jesus, um espírito de oração e sacrifício muito grande. Tal era que ele realizava por ano três quaresmas, além de um outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus, pela qual tinha uma doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São Paulo até a festa da Assunção.
Foi de um modo muito especial que na quaresma de São Miguel, Deus coroou Francisco de graças abundantes, dentre elas o de marcá-lo em seu corpo, pelo profundo desejo de imitar ao seu filho Jesus Cristo, com os sinais de sua Paixão. Toda essa quaresma era realizada no Monte Alverne. Alverne: verna vem de vernare, verbo utilizado por Dante e que significa “fazer frio”, gelar.
São Boaventura diz em sua Legenda Maior, em seu capítulo 9, parágrafo 3 dos escritos biográficos de São Francisco: “um vínculo de amor indissolúvel unia-o aos anjos cujo maravilhoso ardor o punha em êxtase diante de Deus e inflamava as almas dos eleitos”.
Por devoção aos anjos, celebrava uma quaresma de jejuns e orações durante os quarenta dias que seguem a Assunção da Santíssima Virgem Maria. São Miguel sobretudo, a quem cabe o papel de introduzir as almas no Paraíso, era objetivo de uma devoção especial em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retira-las de lá.
Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na Legenda Terusina no nº 93 de sua biografia, onde o Santo vai dizer no ano de 1224, ano em que recebeu os estigmas ao avistar o Monte Alverne em visita ao eremitério: “Para honra de Deus, da Bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, príncipe dos anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”. É neste mesmo ano que ele realizou sua 1ª quaresma em honra de São Miguel Arcanjo.
Foi neste ano que estando Francisco a rezar no Monte Alverne, relata a Legenda Menor de sua biografia, em sua 1ª quaresma em honra do glorioso Arcanjo Miguel, sentiu com maior abundância do que nunca a suavidade da contemplação celeste, o ardor dos desejos sobrenaturais e a profusão das graças divinas, transportado até Deus num fogo de amor seráfico, e transformado pelos arroubos de uma profunda compaixão n’Aquele que, em seus extremos de amor, quis ser Crucificado. Orava certa manhã numa das partes do monte. Aproximava a festa da Exaltação da Santa Cruz, quando ele viu desce do alto do céu, dir-se-ia, um Serafim de seis asas flamejantes, o qual, num rápido vôo, chegou perto do lugar onde estava o homem de Deus. O personagem apareceu-lhe não apenas munido de asas, mas também crucificado, mãos e pés estendidos e atados a uma cruz. Duas asas elevavam-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o vôo, às duas últimas cobriam-lhe o corpo.
Tal aparição deixou Francisco mergulhado num profundo êxtase, enquanto em sua alma se mesclava a tristeza e a alegria: uma alegria transbordante ao contemplar a Cristo que se lhe manifestava de uma maneira tão milagrosa e familiar, mas ao mesmo tempo uma dor imensa, pois a visão da cruz transpassava sua alma com uma espada de dor e de compaixão. Aquele que assim externamente aparecia o iluminava também internamente. Francisco compreendeu então que os sofrimentos da paixão de modo algum podem atingir um Serafim que é um espírito imortal. Mas essa visão lhe fora concedido para ensinar que não era o martírio do corpo, mas o amor que incendiou a alma que deveria transformá-lo, tornando o semelhante a Jesus Crucificado. Após uma conversação familiar, que nunca foi revelada aos outros, desapareceu aquela visão, deixando-lhe o coração inflamado de um ardor seráfico e imprimindo-lhe na carne a semelhança externa com o crucificado, como a marca de um sinete na cera que o calor do fogo fez derreter. Logo começaram, com efeito, a aparecer em suas mãos e pés as marcas dos cravos.
Quando o verdadeiro amor transformou o amigo de Cristo na semelhança d’Aquele que ele amava, terminado os quarenta dias previsto no monte e na solidão, chegou a festa de São Miguel; e Francisco, homem fervoroso, desceu do monte, trazendo a imagem do crucificado, não esculpida em tábuas de pedra ou de madeira pela mão de algum artifício, mas reproduzida em sua própria carne pelo dedo do Deus Vivo.
Francisco, para não se igualar a Jesus, que ficou 40 dias e 40 noites em jejum total, come ao final destes dias um pedaço de pão e bebe água, pois se achava indigno de se igualar a Jesus

Inicio da Quaresma: 15 de agosto a 29 de setembro (Festa de São Miguel).

Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa.

Todos os dias:
* Acender uma vela benta
* Oferecer uma penitência
* Fazer o sinal da cruz
* Rezar a oração inicial
* Rezar a ladainha de São Miguel


ORAÇÃO INICIAL

"São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. 
Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém".
Sacratíssimo Coração de Jesus! (três vezes)

LADAINHA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte da verdadeira fé, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, mensageiro da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão do Purgatório, vós a quem o Senhor incumbiu de receber as almas depois da morte, rogai por nós.
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo,
para que sejamos dignos de Suas promessas. Amém.
Oração
Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, a sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos bens eternos. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

  
* Santo Terço, sendo nas contas da Ave Maria rezar a oração de São Miguel Arcanjo (São Miguel Arcanjo protegei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e cíladas do demônio. Ordene-lhe Deus que instantemente vos pedimos, e vós príncipe da Milicia Cesleste pela virtude Divina precipitai ao inferno a Satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas). 

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate!

Fonte: Devocionário São Miguel,  Aprendendo a ser Católica

Palestrina: Assumpta est Maria

Assumpta est Maria in coelum, gaudent angeli,
laudantes benedicunt Dominum.
Maria virgo assumpta est ad aethereum thalamum,
in quo Rex regum stellato sedet solio. 



Missa Assumpta est Maria:






Assunção de Nossa Senhora - Cardeal Joseph Ratzinger




Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com a sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e atirou-as à terra. [...] Então a Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro. Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realiza do nosso Deus, assim como a autoridade do seu Cristo" (Apoc 11,19 - 12, 1-6a.10ab).
A festividade da Assunção de Nossa Senhora põe-nos diante dos olhos, ano após ano, o grande sinal de que nos fala a leitura que acabamos de ouvir: uma mulher revestida de sol, ou seja, impregnada da luz de Deus, que habita em Deus - e na qual Deus habita. Deus e o homem tocam-se e se compenetram. Céu e terra encontram-se. E a lua debaixo dos seus pés significa que a transitoriedade, a condição mortal e a própria morte estão superadas e que o temporal foi elevado à vida eterna. E Ela está sob o sinal da Redenção, pois as doze estrelas indicam a nova família de Deus, representada pelos doze filhos de Jacó e pelos doze Apóstolos de Jesus Cristo.
Esta festa repleta de esperança e alegria mostra-nos que Cristo não quis permanecer só à direita do Pai; de certa forma, é somente agora que se encerra propriamente a comemoração da Páscoa. Cristo, o grão de trigo que morreu, não volta sozinho nem sobe sozinho para o Pai, deixando a terra simplesmente abandonada a si mesma. Ao levar Maria consigo, começa a levar para o alto o mundo, a terra e nós mesmos, de forma que Deus e o mundo se compenetram e começa a aparecer uma nova terra (cfr. Apoc 21,1). Esta é a orientação que o dia de hoje nos dá: o Senhor não permanecerá sozinho, e a nova terra já começou. E ela não é apenas um sonho futuro, mas abre-se no presente e permanece aberta onde quer que o homem se entregue completamente a Deus.
Isto é o que a Bíblia nos diz com a metáfora da Mulher, do sol e das estrelas, e isto é o que a linguagem do tempo litúrgico exprime numa fórmula simples: Maria foi levada em corpo e alma para o céu. Encontramos aqui, portanto, três palavras-chave: Maria - ser humano em quem já se cumpriu todo esse processo, e que por isso representa para nós um sinal de esperança -, céu e corpo. Maria é o ser humano que se adiantou plenamente a nós e que por isso é um foco de esperança para nós. As tentativas feitas ao longo dos últimos duzentos anos para criarmos nós mesmos o homem novo e estabelecermos a nova terra acabaram em catástrofe. Nós somos incapazes de consegui-lo, mas Deus é capaz, e assim o faz, e nos mostra como ir ao seu encontro.
Permanecer fiéis ao céu
tomemos agora as duas palavras-chave que a liturgia nos oferece - céu e corpo, céu e terra -, como conceitos relacionados entre si. À primeira vista, parece ultrapassado falar do céu. Quem o faz hoje? Mais: quem ousa fazê-lo hoje? "Irmãos, permanecei fiéis à terra", dissera Nietzsche, para afastar enfim os nossos olhos do céu e convidar-nos a desfrutar plenamente da terra, sem nada esperar além daquilo que ela nos pode dar. "O céu, deixemo-lo para os pardais", acrescentou Bertold Brecht. E Albert Camus contrapôs deliberadamente o seu programa - "O meu Reino é deste mundo" - às palavras de Cristo: O meu Reino não é deste mundo (Jo 18, 36), e esse foi na verdade o programa de todo um século, pois o nosso século vive de acordo com ele, e em ampla medida nós também vivemos silenciosamente assim.
"O meu reino é deste mundo" significa que devemos exigir do tempo o que, na realidade, só a eternidade pode dar. Precisamos extrair do tempo a eternidade, e isso significa que o tempo sempre nos parece pouco. Corremos o tempo todo atrás do tempo perdido. Se o tempo tem de ser tudo, necessariamente tem de ser insuficiente, e o resultado só pode ser pressa, perda de tempo, falta de tempo. Quando queremos encontrar no tempo a eternidade, o próprio tempo se nos escapa das mãos.
O mesmo acontece com o mundo, com a terra. Quando queremos extrair tudo da terra, ela torna-se necessariamente muito escassa e acaba por ser destruída. As consequências necessárias são o ódio contra os outros, contra nós próprios e contra Deus, a falta de paz e a violência. Portanto, talvez valha a pena voltarmos a pensar o que essa Mulher vestida de sol tem a dizer-nos: que se trata de vivermos para o céu, com a certeza de que assim também se renovará a terra!
Viver para o céu significa abrir-se para Deus, deixá-lo entrar nesta vida. No começo da Idade Moderna, alguém escreveu: "Deveríamos viver como se Deus não existisse". Conhecemos os resultados dessa atitude. Muito pelo contrário, deveríamos dizer: porque Deus existe, devemos viver dando ouvidos à sua Palavra e à sua vontade. Temos de viver sob o seu olhar.
Quando vivemos assim, por um lado a nossa responsabilidade aumenta, mas por outro a vida torna-se mais leve e mais humana. Mais leve, porque todas as perdas, erros e fracassos deixam de ser algo último e definitivo, uma vez que temos a certeza de que o sentido dessas coisas aparecerá um dia, e nem tudo está perdido para sempre; tudo tem o seu significado , e acabaremos por compreendê-lo. Quando vivo para o céu, todas essas coisas continuam a custar-me, mas já não custam tanto porque são apenas algo de penúltimo, porque já não preciso preocupar-me tanto com o que não consigo fazer nem consigo atingir, uma vez que sei: "Também está bem assim. Ele é bom".
E quando morre uma pessoa, sei que voltaremos a ver-nos que ela não me foi arrebatada de maneira definitiva. Aliás, talvez devêssemos praticar exatamente isto: alegrar-nos com o futuro reencontro com aqueles que se afastaram de nós apenas por um pouco de tempo, e com os quais poderemos conviver num contentamento cem por cento puro, sem contrariedades e perturbações desta vida.
E deveríamos pensar, em tudo o que fazemos, que isso tem peso para a eternidade, que Deus nos vê e nos julga, esse Deus que é justo e fonte da justiça. Daqui nasce a responsabilidade por nós mesmos, pelo próximo, pela terra, e ao mesmo tempo nascem a liberdade e a confiança. A vida torna-se mais ampla e maior. Vivemo-la com mais serenidade e ao mesmo tempo com mais decisão, porque sabemos que avançamos numa direção clara - a da justiça e do amor de Deus.
Corporificar a vida cristã
E agora, o corpo. Hoje pensamos que Deus não pode ter nada a ver com a matéria: ela é como é, ela tem as suas leis. Assim o cristianismo reduz-se a mera idéia, perde a sua realidade. Mas, se refletimos, percebemos que nada disso é coerente. Sabemos que a saúde e a doença não são apenas fenômenos biológicos e psicológicos, que o corpo e a alma estão estreitamente vinculados e se condicionam e conformam mutuamente, pois a alma é uma força que modela a nossa vida corporal. E assim sabemos também que o ódio e o amor modificam a vida e modificam o mundo, e sobretudo que o corpo e a alma, a vida e o mundo, se modificam conforme expulsamos Deus ou o acolhemos.
A Virgem Maria é para nós um paradigma disto, pois ELa não adorou apenas a Deus no seu pensamento, mas pôs-se inteiramente à sua disposição, com todo o seu corpo, para que o próprio Deus pudesse tornar-se corpo. Ser cristão também segundo o corpo significa ser cristão no amor à Criação e ao Criador. E aqui deveríamos voltar a tomar consciência de que não conseguiremos preservar a criação se não quisermos conhecer o Criador, de que continuaremos a destruir a terra se não a usarmos e guardarmos em harmonia com Aquele que no-la deu.
Assim, o respeito pelo corpo, o nosso e o dos outros, e o respeito pela terra toda que Deus nos deu deveriam impregnar a nossa vida de cristãos, corporificá-la. E então perceberemos como precisamente nessa corporificação aparecem o novo e o maior, como a luz eterna de Deus transparece através dela.
Desde a Antiguidade, a festa da Assunção de Nossa Senhora está ligada à bênção das ervas medicinais. Este costume baseia-se na lenda segundo a qual, quando se abriu o sepulcro de Maria, o túmulo vazio cheirava a ervas aromáticas e flores. Isto quer dizer: onde um homem vive com Deus e para Deus, também a terra floresce; ali a própria terra se torna bom odor e canto de louvor, assim como, inversamente, a sujeira das almas ase reflete na poluição da terra e na sua destruição, é o que vemos.
As ervas representam, pois, um sinal do segredo de Maria, apontam para a harmonia entre céu e terra. Elas nos dizem: a terra florescerá onde e quando deixarmos Deus entrar nela, onde nos reorientarmos para Ele. Com este espírito, levemo-las para casa, para que nos sejam um sinal de esperança dessa nova terra, um sinal do amor desse Deus que cria os novos céus e a nova terra e os faz florescer em toda a parte em que os homens procuram viver em harmonia com o seu amor.
Joseph Ratzinger, Homilias Sobre os Santos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Na festa de São Maximiliano Maria Kolbe: “Só vós destruístes todas as heresias no mundo inteiro”.

 



Ó Imaculada,
Rainha do Céu e da Terra,
Refúgio dos pecadores e Nossa Mãe amantíssima,
a quem Deus quis confiar toda a Ordem da misericórdia!
Eu (nome), indigno pecador, me prostro aos vossos pés, suplicando-vos com insistência: Dignai-vos aceitar-me por completo, como coisa e propriedade vossa;
Fazei o que quiserdes de mim,
De todas as faculdades da minha alma e do meu corpo,
De toda a minha vida, da minha morte, da minha eternidade.
Disponde de mim totalmente como vos agradar,
para que se cumpra o que está dito de vós:
“Ela esmagará a cabeça da serpente”, e também:
“Só vós destruístes todas as heresias no mundo inteiro”.
Que em vossas mãos Imaculadas e misericordiosíssimas
Eu seja um instrumento que vos serve a introduzir
e a aumentar o mais possível de vossa glória em tantas almas desgarradas e tíbias.
Assim se estenderá cada vez mais o Reino Bendito do Santíssimo Coração de Jesus.
Pois onde entrais, conseguis a graça da conversão e santificação,
Já que é do Sacratíssimo Coração de Jesus que todas as graças chegam para nós por vossas mãos.
V. Dai-me a graça de vos louvar ó Virgem Santíssima.
                                        R.Dai-me força contra vossos inimigos.                
Consagração composta por São Maximiliano Maria Kolbe.

Fonte: Fratres in Unum




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